A partir do Museu do Dinheiro, em Lisboa, o antigo ministro da Economia no governo de Pedro Passos Coelho admitiu que o país está agora melhor do que há dez anos, em matéria económica. Contudo, prescreveu mais “políticas que promovam o crescimento”, ou seja, reformas estruturas. Sem as detalhar.

Prometeu também um banco central mais forte, resiliente e mais aberto à sociedade.Santos Pereira começou por salientar o rincípio
da independência do Banco de Portugal, que defendera durante a audição
no parlamentar.

No capítulo da habitação, Álvaro Santos Pereira argumentou que importa, face à falta de casas, fomentar a construção, desde logo mediante a ação do poder autárquico.

“Compreende-se as iniciativas recentes para ajudar famílias e jovens, mas é preciso fazer mais e não só o Governo central, também as autarquias”, sustentou.

O caminho, segundo Santos Pereira, passaria por reduzir restrições à construção por parte das câmaras municipais. O novo governador do banco central considerou mesmo que são mais “as inúmeras restrições à construção do que a falta de incentivos económicos”.

Por sua vez, o ministro das Finaças, Joaquim Miranda Sarmento, destacou o percurso e as qualificações do novo governador, sem deixar de agradecer o trabalho de Mário Centeno.

Álvaro Santos Pereira, de 53 anos, foi titular pasta da Economia de 2011 a 2013.

Foi economista-chefe da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico até ao final de julho deste ano, quando o Governo de Luís Montenegro anunciou a sua escolha para a sucessão do ex-ministro das Finanças dos governos socialistas Mário Centeno.

c/ Lusa