A Hungria é um dos 27 Estados-membros que ainda usa a própria moeda, o forint húngaro (HUF), apesar de ter aderido à UE em 2004. Segundo Bruxelas, o país está ainda em processo de adoção, uma vez que não cumpre vários critérios ao nível da inflação, da dívida pública e da independência do banco nacional, para exemplificar alguns
A Hungria não cumpre os requisitos europeus para fazer parte da zona euro, mas mesmo que cumprisse não queria aderir à moeda única, afirmou o presidente do país, Viktor Orbán, em entrevista ao jornal económico húngaro Economx.
A União Europeia “está a desintegrar-se”, justificou Orbán, e nesse sentido a Hungria não deve “amarrar o seu destino” ao bloco.
“A Hungria não deve amarrar o seu destino à União Europeia mais do que está agora e a adoção do euro seria a ligação mais estreita possível”, argumentou.
A Hungria é um dos 27 Estados-membros que ainda usa a própria moeda, o forint húngaro (HUF), apesar de ter aderido à UE em 2004. Segundo Bruxelas, o país está ainda em processo de adoção, uma vez que não cumpre vários critérios ao nível da inflação, da dívida pública e da independência do banco nacional, para exemplificar alguns.
Além da Hungria, também Roménia, Chéquia, Polónia, Bulgária, Dinamarca e Suécia. No entanto, a Bulgária, que já reuniu todas as condições, vai oficialmente adotar o euro a partir de 1 de janeiro. A Dinamarca, por outro lado, tem uma cláusula de exclusão.
Orbán, no poder desde 2010, é um dos principais críticos da UE e um dos que mais tenta bloquear decisões de Bruxelas, nomeadamente ao nível da política externa. Nos últimos anos, a UE tem respondido às reformas contra o Estado de direito na Hungria com a suspensão de fundos de milhares de milhões.
Esta posição de Orbán surge numa altura em que o seu rival, Péter Magyar, está a fazer campanha (haverá eleições legislativas na primavera de 2026, com data a definir) com a promessa de descongelar os fundos comunitários suspensos e de aproximar uma das economias mais pobres da UE da adoção do euro.