Um bebé nasceu na receção do hospital Santos Silva, em Gaia, no sábado, batendo com a cabeça no chão. O casal tinha sido mandado para casa duas horas antes, apesar das contrações da mãe.
KDP
Um bebé nasceu na receção de hospital em Gaia e bateu com a cabeça no chão, noticia esta segunda-feira a RTP. O episódio terá acontecido no sábado, no hospital Santos Silva, em Gaia.
De acordo com Frederico, pai do recém-nascido, o casal já se tinha dirigido às urgências daquele hospital duas horas antes do nascimento do bebé. A esposa, conta à RTP, já tinha contrações, mas foi mandada para casa. Os dois terão insistido para que a mulher ficasse a ser monitorizada no hospital.
Duas horas mais tarde, e já com contrações de quatro em quatro minutos, voltaram ao hospital. Foi-lhes pedido que aguardassem para ser atendidos e pediram uma maca para a mulher se deitar, mas foi-lhes recusada. O hospital terá cedido uma cadeira de rodas.
Frederico apercebeu-se que a mulher estava prestes a dar a luz e começou a gritar: “A criança vai nascer”. E assim foi. O bebé nasceu e bateu com a cabeça no chão da receção do hospital Santos Silva.
Em comunicado, a unidade hospitalar esclarece que a utente deu entrada, pela primeira vez, às 16:30 horas, tendo realizado um CTG – exame que monitoriza contrações uterinas e os batimentos cardíacos do bebé.
“De imediato, realizou-se um CTG onde se verificou que a utente não se encontrava em fase ativa de trabalho de parto, não sendo previsível, mesmo em situações de grávidas que já tiveram dois partos (multípara), uma alteração do quadro tão súbita”, lê-se no esclarecimento
O hospital Santos Silva indica que a utente regressou às 19:59 às urgências e que, durante o processo de admissão, se deu o parto. A unidade de saúde alega ainda que o procedimento administrativo demora 3 minutos e que o casal vivia a cerca de 10 minutos de distância.
“Num primeiro momento, a grávida foi assistida na sala de emergência, sendo que mãe e recém-nascido já tiveram alta”,
Frederico, o pai, contou que o filho teve que ser levado para os cuidados intensivos e que fez duas TAC’s à cabeça num dia só. Apresentou queixa contra o hospital e reportou o caso à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) e à Ordem dos Médicos.