O incidente ocorreu no domingo à tarde na prisão de Ketziot, onde estavam e ainda permanecem detidos alguns participantes da Flotilha.

A ativista espanhola em causa terá mordido uma enfermeira israelita depois da realização de um exame médico de rotina que antecedia o seu repatriamento.

A funcionária recebeu tratamento no local face os ferimentos causados. A Polícia de Israel foi chamada para tomar conta da ocorrência e gerir a situação com a alegada agressora.


Para já, o Tribunal de Magistrados de Beersheba decidiu protelar a detenção da suspeita até quarta-feira, a pedido da polícia.


“A suspeita, uma cidadã espanhola de 50 anos, foi presa esta noite e transferida da prisão de Ketziot para interrogatório na esquadra de Segev Shalom, na região de Néguev, depois de morder um funcionário na mão esquerda durante a sua estadia na prisão”, disse a polícia em comunicado.


“A investigação continua”, acrescentou.


Regresso dos restantes 27 ativistas


Perante esta acusação a ativista não ingressou na viagem de retorno junto dos restantes 27 cidadãos. Este grupo de ativistas regressa via Atenas para Madrid a bordo de um avião militar.


A aeronave já está estacionada na capital grega à espera de recolher estes últimos ativistas e transportá-los de regresso a Espanha.


Com a chegada à Base Militar de Torrejón de Ardoz a operação de repatriamento fica quase terminada.


Estes 27 ativistas juntam-se aos 21 integrantes da Flotilha que chegaram este domingo ao aeroporto de Barajas – ao todo são 49.


O ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros, José Manuel Albares, anunciou por volta das 17h00 que este segundo grupo já viaja de regresso a Espanha.


O primeiro grupo de 21 ativistas da flotilha espanhola desembarcou este domingo à noite em Madrid. 


“Os deportados eram cidadãos da Grécia, Itália, França, Irlanda, Suécia, Polónia, Alemanha, Bulgária, Lituânia, Áustria, Luxemburgo, Finlândia, Dinamarca, Eslováquia, Suíça, Noruega, Reino Unido, Sérvia e Estados Unidos”, publicou no X o ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel.




Entretanto, Lubna Tuma, a advogada da associação Adalahque representa mais de 470 participantes da Global Sumud Flotilla, reportou que 150 pessoas ainda estavam detidas na prisão de Ktziot, em Israel. Quarenta deles estavam em greve de fome, destacou.


Reyes Rigo detida


A diplomacia espanhola continua assim a acompanhar o caso desta cidadã nacional confirmaram fontes do Governo ao jornal El País.

A ativista identificada pela comunicação social espanhola é Reyes Rigo Cervilla, profesora de acupuntura e expecialista em medicina tradicional chinesa, residente em Maiorca.


Tanto a família do ativista quanto o porta-voz do Podemos Baleares, Jesús Jurado, também já confirmaram a identidade. “Reyes Rigo continua a estar detida por um regime genocida que maltrata ativistas pacíficos, agredindo-os e torturando-os” disse Jurado, citado na publicação El Español. “Exigimos que o Ministério espanhol dos Negócios Estrangeiros a liberte deste sequestro”, apelou.