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Henrique Gouveia e Melo deu uma entrevista à estação brasileira GloboNews, em que foi questionado sobre o peso do tema da imigração no panorama político português. O candidato presidencial defendeu a necessidade de um “equilíbrio” que permita olhar para a imigração “não como uma ameaça, mas como motor para o desenvolvimento económico”, num pequeno trecho da entrevista entretanto publicado.

Nessa ocasião, também atacou o partido de André Ventura. “Os partidos de extrema-direita, principalmente o Chega, utilizam a imigração para, de alguma forma, jogar com as emoções e com os medos da população portuguesa para aumentar a sua representação dentro da população”, disse o candidato à Presidência da República, quando questionado sobre as alterações à lei da imigração.

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Em reação à pergunta, Gouveia e Melo afirmou que “os outros partidos acabaram por seguir uma política para tentar esvaziar essa mudança da população para a direita e extrema-direita”. “Tentaram fazer uma política de apaziguamento, aproximando-se de alguma forma dessas ideias de controlo migratório, que eram as ideias que mais preocupavam os portugueses.”

Gouveia e Melo reconheceu que existiu um “período de descontrolo muito grande, sem regulação praticamente de imigrantes”, que resultou num “aumento da população de quase 15% em poucos anos”, pressionando os serviços públicos, habitação e “criando alguns gaps que naturalmente criaram uma crispação na sociedade portuguesa”.

Portugal “tem de ter cuidado, enquanto país, para não envelhecermos sozinhos”, sublinhou o candidato a Belém, referindo-se ao envelhecimento da população.

“O que acho que vai acontecer, no meio desta pressão da extrema-direita e de, alguma forma, também da reação da população como um todo, é encontrar um sistema de equilíbrio que, por um lado, olhe para a imigração não como ameaça mas como motor para o desenvolvimento económico (…) que vai permitir a sustentação da Segurança Social e de uma sociedade que, sem essa imigração, fica irremediavelmente condenada a uma pirâmide etária invertida que vai afetar fortemente a economia.”

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