Greta Thunberg voltou a responder a Donald Trump, depois de o Presidente americano ter dito, mais uma vez, que a activista sueca tinha “problemas de raiva”.

“Ouvi dizer que Donald Trump expressou novamente opiniões muito elogiosas sobre a minha personalidade e aprecio as suas preocupações relativas à minha saúde mental”, começou a activista, numa publicação no Instagram. “Para o Trump: aceito qualquer recomendação que tenha sobre como lidar com estes supostos ‘problemas de raiva’ uma vez que – a julgar pelo seu historial – parece sofrer deles também”, continuou.

A resposta surgiu depois de Trump ter dito que Greta é “problemática”: “Já não quer saber do ambiente, agora é isto. Tem problemas em controlar a raiva, acho que devia ver um médico. É tão louca”, respondeu, a propósito da deportação da activista de Israel para a Suécia.

Esta não foi a primeira vez que ambos trocaram provocações. Em Setembro de 2019, depois de um discurso emocionado de Greta Thunberg na Cimeira da Acção Climática, onde acusou os líderes mundiais de traírem os jovens, Donald Trump ironizou no X que a activista parecia “muito feliz”.


Mais tarde, em Dezembro, depois de Greta ter sido escolhida como “Personalidade do Ano” pela revista Time, Trump disse considerar a escolha “ridícula”. “A Greta tem de aprender a controlar a sua raiva e ir ver um bom filme antigo com um(a) amigo(a). Relaxa, Greta, relaxa!”

Em resposta, Greta alterou a sua biografia no Twitter para: “Adolescente a trabalhar no seu problema de controlo de raiva. Neste momento a relaxar e a ver um bom filme antiquado com um amigo.”

Greta Thunberg já foi deportada de Israel, depois de ter participado na flotilha humanitária que tentou quebrar o cerco imposto a Gaza. A activista sueca terá sido colocada numa cela infestada de percevejos e forçada a beijar a bandeira israelita, segundo referiu a própria e outros activistas que testemunharam.

Esta segunda-feira, quando aterrou na Grécia, juntamente com mais 160 activistas, referiu à multidão que a recebeu: “Vou ser clara, há um genocídio a acontecer. Os nossos sistemas internacionais estão a trair os palestinianos. Não estão a ser capazes de impedir os piores crimes de guerra. O que tentamos fazer com a flotilha foi agir, já que os nossos governos estão a falhar nas suas obrigações legais.”

Os activistas detidos pelas autoridades israelitas relataram um tratamento desumano e de violação dos seus direitos fundamentais na prisão. Dizem não ter tido acesso a água, saneamento, medicamentos e acesso imediato aos seus representantes legais.