Ponte 25 de AbrilPrepare-se para a confusão. Foto: Unsplash Rita Caeiro Rita Caeiro 08/10/2025 09:02 5 min

A partir da noite de quinta-feira, 9 de outubro, um conjunto de intervenções de pavimentação vai transformar a rotina noturna da Ponte 25 de Abril. Se costuma fazer este percurso, preste bem atenção: entre os dias úteis e dentro do horário das 21:00 às 6:00 horas, o trânsito ficará sujeito a condicionamentos que ameaçam agitar quem atravessa o Tejo com frequência. Esta condicionante manter-se-á até 5 de novembro.

A responsável por esta “revisita” ao tabuleiro é a Lusoponte, que gere também a Ponte Vasco da Gama. A empresa justifica a ação como parte de um programa de manutenção regular, evitando que o desgaste acumulado se torne num problema bem maior no futuro. A mesma salienta ainda que o horário escolhido pretende minimizar os transtornos nos momentos de maior circulação.

Interessa referir que os condicionamentos aplicam-se nos dois sentidos da circulação e apenas durante a madrugada e noite dos dias úteis.

Ou seja: se costuma atravessar a ponte nesse período, convém repensar o plano. A Lusoponte sugere que, durante essas horas, a Ponte Vasco da Gama seja usada como alternativa — embora também possa sofrer “pressão extra” de tráfego.

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“No cumprimento do programa de manutenção de rotina, informa-se que entre os dias úteis de 9 de outubro e 5 de novembro do corrente ano, a Lusoponte vai executar trabalhos de pavimentação da ponte 25 de Abril”, lê-se em anúncio publicado esta terça-feira (7 de outubro) na imprensa portuguesa.

Em comunicado, a Lusoponte agradeceu “a melhor compreensão para os eventuais incómodos que esta intervenção possa vir a causar”.

Porque é que estas obras são necessárias?

A Ponte 25 de Abril não é apenas um símbolo arquitetónico de Lisboa, é uma artéria essencial da circulação metropolitana. Com cerca de 2 277 metros de extensão total e um vão central livre de 1 013 metros, a sua estrutura suporta seis faixas rodoviárias (três por sentido) no tabuleiro superior e duas linhas ferroviárias no inferior.

Ponte 25 de AbrilUm símbolo arquitetónico. Foto: Unsplash

Ao longo dos anos, os veículos que a atravessam deixam marcas: fissuras subtis, desgaste de pavimento e fadiga de materiais exigem intervenções periódicas.

Nestes trabalhos, o objetivo principal é reforçar a superfície rodoviária, corrigir ondulações, eliminar microfalhas antes que se agravem e restabelecer condições seguras de circulação.

A lógica é simples: uma ponte bem mantida evita reparações urgentes muito mais caras ou até interrupções inesperadas. É preciso “mexer agora para não ter de parar depois”.

Mesmo assim, sabemos que “manutenção de rotina” soa melhor na teoria do que na prática: quem atravessa cedo pela manhã ou volta tarde vai sentir os efeitos. Por isso, a Lusoponte ressalta que essa escolha de horário — entre as 21:00 e as 6:00 horas — foi pensada para que os impactos recaiam preferencialmente fora dos picos (e fora do dia de trabalho normal).

Dicas para evitar surpresas: planeie desde já

Se circula habitualmente entre Lisboa e Almada (ou vice-versa) à noite, este período obriga a alguma organização extra. Primeiro: sempre que possível, evite atravessar a ponte entre as 21:00 e 6:00 horas nos dias úteis compreendidos entre 9 de outubro e 5 de novembro. Em alternativa, opte pela Ponte Vasco da Gama, mesmo sabendo que vai enfrentar mais fluxo, especialmente nos trechos de acesso.

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É importante acompanhar alertas de trânsito em tempo real: aplicações como Waze, Google Maps ou similares poderão mostrar desvios, bloqueios ou mesmo as noites mais problemáticas à medida que as obras avançarem. Se tiver flexibilidade de horário, sair 10 ou 15 minutos mais cedo (ou mais tarde) pode fazer toda a diferença — evitará stress desnecessário.

Outro aspeto: as fases da obra podem variar. Em algumas noites, os condicionamentos serão mais intensos ou parciais — por vezes com desvios ou bloqueios momentâneos — dependendo do trecho em que se trabalhe. Por isso, estar atento a comunicados da Lusoponte ou da autarquia pode prevenir surpresas desagradáveis.