Aos 71 anos, Jorge Jesus é um dos treinadores portugueses mais experientes da atualidade. Por isso, o técnico do Al Nassr partilhou as suas vivências no Portugal Football Summit, organizado pela Federação Portuguesa de Futebol, em Oeiras, a dezenas de participantes da conferência.
Logicamente, começou por falar dos primeiros anos como técnico. Futebolista modesto do distrito de Setúbal, Jesus deu os primeiros passos no Amora, em 1989.
«Foi numa história interessante. Estava no meu último ano de jogador e, após um jogo, o presidente Mário Rui, que já faleceu, convidou-me para ser treinador. Ele disse que o treinador em campo já era eu. Isto foi a um domingo, até terça tinha de responder e aceitei, com uns 35 ou 36 anos. Eu sabia o que queria, não sabia onde começar, mas já me preparava. Nos primeiros cinco anos cometemos muitos erros, procuramos ainda uma identidade», recorda.
Sublinhando que um treinador é um «criador das suas ideias e das várias componentes do jogo», Jesus admite que a explosão na carreira vem com o convite do Benfica.
«No meu primeiro ano de Benfica, em 2009/10, fui logo campeão. O Benfica não jogava, voava. Tinha uma super equipa e comecei a ter outras portas abertas para o estrangeiro. É curioso, porque já passei por três continentes e nessa altura nunca imaginaria que fosse para fora do país. Estive seis anos no Benfica, ganhando dois títulos. Foi o Benfica que abriu-me as portas para o mundo, sem dúvida», diz.
Jorge Jesus é atualmente treinador do Al Nassr após uma bem sucedida passagem de duas épocas no Al Hilal, também da Arábia Saudita. Orienta Cristiano Ronaldo, João Félix e Otávio, na tentativa de vencer o campeonato.
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