Foram apresentados resultados de ações de vigilância e controle de infecções que podem ser passadas de mãe para filho, como a sífilis e o HIV

Servidores da Secretaria de Saúde (SES-DF) participaram do 4º Fórum Ampliado de Transmissão Vertical. No evento, realizado em dois dias (7 e 8), foram divulgados relatórios do 5º Ciclo de Monitoramento do Plano Integrado de Prevenção, Vigilância e Controle da Sífilis 2021-2024 do Distrito Federal.

No encontro, trabalhadores e gestores discutiram os desafios para eliminar a transmissão congênita de diferentes doenças, como sífilis, hepatite B, vírus linfotrópico de células-T humanas (HTLV), Doença de Chagas e vírus da imunodeficiência humana (HIV). Esse contágio ocorre de mãe para filho na gestação, no trabalho de parto ou durante a amamentação.

O evento serviu para que representantes das sete Regiões de Saúde da SES-DF apresentassem os resultados de diversas ações voltadas ao cumprimento das metas relativas à prevenção da transmissão vertical (de mãe para filho), estipuladas em fóruns anteriores.

Servidores discutem os desafios para eliminar a transmissão de mãe para filho de diferentes doenças, como sífilis, hepatite B e HIV. Foto: Matheus Oliveira/ Agência Saúde DF

“Os fóruns tiveram início em 2022, criados como um momento de reflexão acerca de todo o processo de controle. Neles, as regiões discutem quais foram os avanços e os desafios, além de fazerem uma autocrítica sobre como foi esse caminhar ao longo de três anos e meio de monitoramento”, explica a referência técnica da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist) da SES-DF, Daniela Magalhães.

A especialista também reforça que a testagem rápida precisa estar no centro de todas as ações da saúde no controle da transmissão congênita. “A população deve buscar o teste rápido para o diagnóstico de doenças como a sífilis, porque, uma vez diagnosticada, o tratamento pode iniciar e, uma vez tratada, interrompemos a cadeia de transmissão, inclusive a de mães para seus bebês. Ou seja, a prevenção começa com o diagnóstico”, detalha. 

 

O fórum serviu para que as sete Regiões de Saúde da SES-DF apresentassem os resultados de suas ações preventivas. Foto: Matheus Oliveira/ Agência Saúde DF

Certificação de boas práticas

A gerente da Gevist, Beatriz Maciel Luz, lembra que, em 2023, a SES-DF recebeu uma certificação conferida pelo Ministério da Saúde: o selo prata de boas práticas rumo à eliminação da transmissão vertical. “Passaremos agora por uma visita técnica de validação e, ao que tudo indica, de nova certificação do selo. Isso demonstra que nosso trabalho tem gerado resultados efetivos.”

Um ponto destacado pela gestora são as estratégias de prevenção da transmissão vertical para o HIV. Luz ressalta que a disponibilização de fórmula láctea infantil e a oferta de medicamentos destinados a mães soropositivas, além de todo o tratamento na rede voltado a pessoas que vivem com HIV, configuram-se como um componente essencial para impedir que o vírus passe de mãe para filho. “É um trabalho conjunto que fazemos com bastante esforço da parte da vigilância epidemiológica”, complementa.