Entrevistado na Portugal Football Summit, Frederico Varandas, presidente do Sporting há sete anos, atribuiu à estabilidade o facto de um líder dos “leões” ter cumprido, pela primeira vez em 40 anos, um segundo mandato.

Varandas sublinhou o facto de nos últimos 40 anos ter havido muitas coisas que o clube não foi capaz de fazer acontecer por falta de estabilidade: “Há um ano, apresentámos um plano estratégico a dez anos para o Sporting. E esse é o caminho a percorrer, com ou sem Frederico Varandas”, disse, em resposta à possibilidade de se recandidatar nas próximas eleições, lembrando que as vitórias e os títulos é que entram na história.

Varandas recordou que a melhor era do clube, a dos cinco violinos, há 80 anos, foi presidida por Ribeiro Ferreira, um nome que acredita ser pouco familiar a cerca de 90 por cento dos sportinguistas, pelo que “Frederico Varandas será igualmente um nome dentro de 80 anos, pois não há nada que o tempo não leve!”.

Daí que a missão/pacto que o movem tenham mais a ver com os títulos conquistados e com a obra feita no clube. Obra que Varandas acredita ser fundamental para o Sporting: “Está em curso. É ‘game changer’. A primeira fase ainda não está concluída, que é o estádio e começou com a remoção das cadeiras”, lembrou, faltando as obras dos ‘corporate’ e ‘lion seats’, a realizar no Verão de 2026. Isto, depois de “concluído o encerramento do fosso e a construção do terceiro andar nascente e do segundo andar poente”, relembrou.

“Durante o ano vamos ter os video screens e um sistema de som e de luzes de última geração, que não há em Portugal. Depois arranca a última fase, até à época 2028-29, em que fica concluído o Alvaláxia. Um edifício que vai permitir ter o melhor e o mais moderno museu desportivo em Portugal, com zonas de ‘sports bar’ e interacção para o estádio e megastores. Será uma obra diferenciadora, que proporcionará a melhor experiência e oferta em Portugal. Ir ao futebol será completamente diferente”, garante, revelando os números que esta obra envolve.

“Para termos noção, já investimos cerca de 50 milhões. E, até 2028-29, quando estará terminado na totalidade o projecto, vão ser mais 150 milhões de euros. Estamos a falar de um projecto de 200 milhões de euros”, revelou, confiante de que “haverá um antes e um depois para o Sporting”, com o “vice” André Bernardo a preparar a apresentação do plano estratégico da cidade desportiva que Varandas acredita poder, pela sua localização, representar uma grande mais-valia para Lisboa.