O presidente do FC Porto, André Villas-Boas, recordou esta sexta-feira, no Portugal Football Summit, o desafio lançado no início do mandato, de criação de uma Supertaça Ibérica, e disse acreditar que, à semelhança do que já acontece noutras modalidades, também poderia haver jogos do futebol português disputados noutros países.
«Expandir a marca? É uma obrigação. Estamos num caminho de expansão da marca e posicionamento internacional. Obriga a uma nova faceta do FC Porto, é um grande desafio, terá de vir associada a outras coisas. Se pensarmos noutras modalidades que não o futebol, temos vários tipos de competições que são jogados noutros países, Supertaças ibéricas, etc.», começou por dizer.
«Sou da opinião que o futebol caminha para esse sentido, num espaço de 10 anos, foi um desafio que lancei ao Pedro Proença e outros grandes portugueses e espanhóis, quando tomei posse. Agora andamos todos às cabeçadas, mas ficou esse bichinho da possibilidade de criação da Supertaça Ibérica, que foi bem recebido por espanhóis, Benfica e Sporting, e FPF», recordou.
«É fundamental e penso que o futebol caminha para isso. Vamos ver um Milan a jogar na Austrália e um Barcelona jogado em Miami, portanto o futebol português pode aproveitar uma janela de oportunidade, em jogos com 1500 espectadores, um Casa Pia-FC Porto, poderá ter no máximo 3 mil. Com os nossos emigrantes, poderíamos ter estádios cheios em Nova Iorque, Genebra, etc.», disse.
«Esta foi uma exceção aberta a outras competições, que as ligas devem ser jogadas nos seus países, mas cabe às federações aproveitar estas oportunidades e é fundamental. São este tipo de desafios que são uma responsabilidade maior do futebol português. Também da FPF, da Liga, e é preciso partir pedra, criar cimeiras de presidentes que realmente sejam ricas em conteúdo e informação, como é esta Summit. Em que lançamos desafios e depois falamos delas», concluiu.