João Diogo Manteigas, candidato à presidência do Benfica, classifica como «inaceitável» o acordo assinado esta sexta-feira entre FC Porto e Câmara Municipal do Porto, para a construção de um novo pavilhão,

«As eleições do Sport Lisboa e Benfica não nos fazem desviar o foco: sabemos bem quem são os nossos verdadeiros adversários. O Sport Lisboa e Benfica enfrenta hoje graves dificuldades logísticas para garantir espaços na cidade de Lisboa onde as suas equipas de formação das modalidades possam treinar e competir. Convém recordar: somos o clube que mais investe no ecletismo em Portugal, participando em ambos os géneros nas cinco principais modalidades e assegurando formação em todos os escalões», começa por contextualizar o advogado, em mensagem divulgada nas redes sociais.

Na base das críticas de João Diogo Manteigas estão os contornos do acordo do FC Porto, que prevê, além da cedência do tereno por um período de 70 anos, um contrato-programa de desenvolvimento desportivo com uma comparticipação financeira acima dos 525 mil euros. Durante os próximos quatro anos, os dragões pagarão mensalmente à autarquia portuense um valor simbólico de 50 euros, que ascende para 10,9 mil euros nos anos subsequentes.

«É inaceitável que o Município do Porto continue a conceder benefícios a clubes que só competem em três modalidades masculinas e uma feminina, enquanto o Sport Lisboa e Benfica é deixado de lado. Quando os dirigentes do FC Porto apregoam ataques ao poder central e à cidade de Lisboa, mas aceitam, em silêncio, privilégios sem comparação, fica exposta a incoerência. Já tinham o centro de estágio arrendado por 500 €/mês durante 30 anos, e agora somam-se novos pavilhões. O Sport Lisboa e Benfica exige igualdade de tratamento e respeito pela sua dimensão desportiva, social e histórica», acrescenta o candidato à liderança do Benfica.