Um planeta errante batizado de Cha 1107-7626 foi observado absorvendo gás e poeira a taxas extraordinárias no espaço. Localizado a cerca de 620 anos-luz da Terra, esse corpo celeste desafia o que se sabia até agora sobre a formação de planetas.

Estudos recentes revelaram que ele “devora” cerca de 6 bilhões de toneladas de material por segundo, um fenômeno jamais registrado antes em objetos de massa planetária. Essa descoberta vem intrigando astrônomos e astrofísicos ao redor do mundo.

O que torna esse planeta tão especial

  • Planeta solitário: Cha 1107-7626 não orbita nenhuma estrela, o que o torna um caso raro e extremamente interessante para os cientistas que estudam a formação de corpos celestes.
  • Disco de acreção ativo: ele possui uma estrutura de gás e poeira ao seu redor que está sendo gradualmente absorvida por sua gravidade, contribuindo para seu rápido crescimento.
  • Absorção acelerada: observações indicam que o planeta vem acumulando matéria oito vezes mais rápido do que em períodos anteriores, algo nunca visto em planetas de sua categoria.
  • Origem misteriosa: por não estar ligado a uma estrela, sua formação ainda intriga especialistas e pode mudar a compreensão atual sobre como planetas se desenvolvem no espaço.

Achado astronômico revela planeta que devora matéria em ritmo impressionanteO planeta solitário não orbita nenhuma estrela

Como esse consumo acelerado funciona

Quando o material do disco de acreção se aproxima do planeta, ele aquece intensamente, criando pontos luminosos visíveis através de telescópios potentes. Esses sinais ajudaram os cientistas a compreender o processo em detalhes inéditos.

Acredita-se que campos magnéticos extremamente fortes estejam conduzindo o gás diretamente da disco até a superfície do planeta — um fenômeno até então observado apenas em estrelas jovens. Isso explicaria a velocidade incomum da absorção de matéria.

O que aprendemos e os mistérios que permanecem

Esse é considerado o evento de acreção mais intenso já medido em um objeto com massa planetária. A descoberta desafia teorias tradicionais, sugerindo que a formação de planetas pode ocorrer de maneiras mais diversas do que se imaginava.

Agora, astrônomos buscam entender se Cha 1107-7626 é um caso isolado ou se representa uma nova categoria de planetas errantes — verdadeiros “viajantes” do espaço, capazes de crescer sem depender de uma estrela para existir.