O primeiro-ministro francês afirmou este sábado querer nomear um Governo “livre” e “não preso aos partidos”, depois de ter sido reconduzido na sexta-feira à noite pelo presidente francês Emmanuel Macron. “Este governo deve ser livre e não preso aos partidos, inclusive em
relação às próximas eleições presidenciais”, afirmou. 


Nas suas declarações aos jornalistas, à margem de uma visita a uma esquadra de polícia em Val-de-Marne, a sudeste de Paris, Sébastien Lecornu observou esta manhã que “não havia muitos candidatos” para o suceder como primeiro-ministro. 

Desde a sua recondução somam-se as críticas da oposição e as ameaças de censura imediata ao novo Executivo, nomeadamente da França Insubmissa, do Partido Comunista Francês, dos Ecologistas e do Rassemblement National.


Após a recondução de Sébastien Lecornu, Gabriel Attal,  antigo primeiro-ministro francês e líder do “bloco central” Ensemble pour la République, considerou que “o único desafio que vale a pena agora é dotar a França de um Orçamento” para o próximo ano. 


Numa publicação no X Gabriel Attal afirmou que “o primeiro-ministro foi reconduzido nas suas funções. É uma decisão do presidente da República”, depois de ter denunciado um “espetáculo lamentável” no início da semana e admitido que já “não compreender mais as decisões do presidente da República”. 


Ausências anunciadas no próximo Governo

O ministro francês do Interior demissionário, Bruno Retailleau, anunciou esta manhã que não fará parte do próximo Governo. Sébastien Lecornu disse “respeitar” a decisão de Bruno Retailleau. 




Ao início da tarde, o seu partido Les Républicains (Republicanos) anunciou que não participará no Executivo de Lecornu por não estarem reunidas as condições e a confiança necessárias “nesta fase”. 


 “A Direção Política dos Republicanos reafirma a necessidade de dotar a França de um Orçamento: é por isso que os Republicanos serão responsáveis e não serão os artífices do caos”, explicam em comunicado.