Zak Brown, CEO da McLaren, admitiu em tribunal que teria despedido Oscar Piastri se o piloto não tivesse mostrado resultados satisfatórios na sua estreia pela equipa em 2023.

O caso surgiu durante um processo judicial envolvendo Alex Palou, onde ficou claro que Brown tentou várias vezes assegurar os serviços do piloto espanhol para a McLaren, apesar do seu contrato válido com a Chip Ganassi Racing até 2023.

Palou, embora desejasse mudar para a McLaren, acabou por quebrar o acordo já assinado para 2024, permanecendo na Ganassi — algo que admitiu publicamente ter sido um erro na forma como geriu o processo.

Brown admitiu que Palou teria tido oportunidade de integrar a Fórmula 1 em 2024 caso Piastri não correspondesse; porém, a decisão de escolha para 2023 recaiu sobre Piastri, com o apoio de Andreas Seidl, em detrimento de Palou.

Em 2023, Norris pontuou muito mais do que Piastri, mas a McLaren mesmo assim manteve o australiano. Ainda assim, o histórico recente da McLaren mostra pouca paciência para maus desempenhos, como revelam várias trocas de pilotos tanto na IndyCar como na Fórmula 1.

Embora o objetivo de Palou fosse sempre chegar à F1, parece ter sido iludido quanto à possibilidade real na McLaren — que, entretanto, sempre favoreceu Norris como líder do projeto, mantendo uma política de aposta rápida em quem obtém resultados.

Palou está agora ligado à Ganassi a longo prazo, enquanto a McLaren convive com tensão interna entre Norris e Piastri na luta pelo título, dois anos depois de se presumir a chegada de Palou como potencial titular de F1 na equipa inglesa.