O Ministério da Saúde de Gaza estimou este sábado, 11 de outubro, que ainda haja pelo menos 7.000 corpos de pessoas mortas sob os escombros no enclave, dos quais 3.600 foram dados como desaparecidos pelas famílias.
Segundo o diretor da unidade do Ministério da Saúde de Gaza responsável pelo registo de mortos, Zaher al-Waheidi, citado pela agência de notícias espanhola EFE, calcula-se que a grande maioria dessas 3.600 pessoas dadas como desaparecidas correspondam a vítimas mortais cujos corpos ainda não foram recuperados.
Além destas pessoas, al-Waheidi indicou que existe pelo menos um número semelhante de mortos que não foram dados como desaparecidos.
Tal deve-se, explicou, ao facto de a ofensiva israelita em Gaza ter provocado a morte de famílias inteiras, não restando ninguém para apresentar queixas ou registar os desaparecimentos.
Segundo números fornecidos pelo Governo de Gaza, mais de 2.700 famílias da Faixa, com um total superior a 8.500 pessoas, foram apagadas do registo civil e não resta hoje nenhum membro vivo.
Al-Waheidi acrescentou que nas morgues dos hospitais de Gaza permanecem 600 corpos recuperados dos escombros e das ruas bombardeadas do enclave palestiniano que ainda não foram possíveis identificar.
Com o cessar-fogo em vigor desde sexta-feira e a deslocação das tropas israelitas para uma primeira linha de retirada, os serviços de resgate de Gaza concentram agora os esforços na recuperação de corpos em zonas anteriormente inacessíveis devido à presença do Exército israelita.