Há municípios que, desde que foram criados, foram sempre vencidos pelo mesmo partido. Depois desta noite eleitoral, restam, contudo, apenas 17. O PS foi aquele que mais câmaras históricas perdeu desta vez, mas também PSD e CDU sofreram duros danos.
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Há 17 concelhos que nunca mudaram de cor política. Há lugares onde ainda persiste o mesmo partido, desde as primeiras eleições autárquicas em democracia – no ano de 1976, após a Revolução do 25 de Abril. Quem mais câmaras mantém é o PSD, seguido pelo PS e pelo PCP.
Em causa estão os municípios onde, passados mais de 50 anos, o partido político que venceu a câmara municipal foi sempre o mesmo. Nas últimas autárquicas, tinham já diminuído para 24, mas, depois deste domingo, são ainda menos.
Nestas eleições houve sete bastiões que se perderam – tanto por parte de sociais-democratas, como de socialistas e comunistas.
É o caso de Torres Vedras e da Lourinhã (no distrito de Lisboa), onde o PS perdeu para a coligação PSD/CDS, e de Condeixa-a-Nova (no distrito de Coimbra), que foi ganha pelo movimento independente “Condeixa Novos Caminhos (CNC)”.
Também o PSD deixou escapar autarquias históricas. Foi o caso de Penedono (no distrito de Viseu) e de Mação (no distrito de Santarém), que, pela primeira vez na História, passam para as mãos do PS.
Quanto ao PCP, ficou sem Serpa (no distrito de Beja) e Santiago do Cacém (no distrito de Setúbal), que sempre tinham sido autarquias comunistas. Serpa é agora do PS e Santiago do Cacém foi conquistada pelo movimento “STC – Somos Todos Cidadãos”, que tinha o apoio do PS e da coligação PSD/CDS-PP.
Quais são os bastiões que se mantêm?
De acordo com as contas feitas pela SIC Notícias, após o apuramento dos resultados destas eleições autárquicas, é o PSD quem mais municípios fiéis mantém. São sete: Câmara de Lobos e Calheta (Madeira), Boticas e Valpaços (Vila Real), Arcos de Valdevez (Viana do Castelo), Santa Maria da Feira (Aveiro) e Oleiros (Castelo Branco).
Segue-se o PS, com seis: Odivelas – apesar de este município ser um caso especial, já que só foi criado em 1998, depois da separação de Loures – e Alenquer (Lisboa), Olhão e Portimão (Faro), Gavião e Campo Maior (Portalegre).
E finalmente o PCP, com quatro: Palmela e Seixal (Setúbal), Avis (Portalegre) e Arraiolos (Évora).
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