Christie escreveu mais de 80 romances e peças teatrais. Suas histórias seguem a seguinte fórmula: pistas distribuídas ao longo do texto, um número limitado de suspeitos e a promessa de uma revelação ao fim.

Não se trata de uma literatura de introspecção, é uma engenharia do mistério. Uma narrativa construída com lógica, clareza e ritmo.

Esse estilo direto e preciso contribuiu para a circulação internacional de sua obra. Ao contrário de autores cuja tradução exige interpretação cultural ou poética, os textos de Christie pedem apenas fidelidade aos fatos.

Entre suas obras mais conhecidas, destacam-se:

Assassinato no Expresso do Oriente (1934)

Um trem de luxo corta a Europa coberto pela neve, quando um dos passageiros é encontrado morto com diversas facadas. Ninguém entra, ninguém sai. O detetive Hercule Poirot, também a bordo, se vê diante de um caso aparentemente sem sentido, com suspeitos de várias nacionalidades e versões conflitantes.

Ao reconstruir os fatos e interrogar cada passageiro, Poirot percebe que a verdade está escondida sob camadas de segredos e vingança até que revela um final tão inesperado quanto perturbador.

E Não Sobrou Nenhum (1939)

Dez pessoas são convidadas para uma ilha isolada sob diferentes pretextos. Sem conexão com o continente e sem saber o motivo real da reunião, os convidados começam a morrer um a um, seguindo os versos de uma antiga rima infantil.

Sem a presença de um detetive clássico, o livro prende o leitor com a crescente tensão e o sentimento de que o assassino está entre eles. Ao final, tudo se encaixa de maneira surpreendente revelando uma mente meticulosa por trás dos crimes.

O Assassinato de Roger Ackroyd (1926)

Quando a rica viúva Sra. Ferrars morre em circunstâncias suspeitas, logo se descobre que ela escondia um segredo: estava sendo chantageada. Pouco depois, Roger Ackroyd, que sabia da história, também é assassinado.

O caso cai nas mãos do detetive Poirot, recém-aposentado em uma vila inglesa. Com narrativa em primeira pessoa e pistas sutis ao longo do livro, o desfecho desafia o leitor e subverte as expectativas, sendo até hoje considerado um dos finais mais brilhantes da literatura policial.

Seus personagens são universais: movidos por ciúmes, cobiça, medo ou vingança. Os conflitos são reconhecíveis em qualquer contexto.

Essa simplicidade aliada à complexidade dos mistérios permitiu que seus livros fossem traduzidos e compreendidos em tantos idiomas.

Sua fórmula de suspense continua influente, sendo aproveitada por filmes, séries, jogos e reality shows.

Mesmo após sua morte, em 1976, Agatha Christie permanece como referência. Seja  em uma escola do interior de São Paulo,  em uma estação de trem no Japão ou em um e-reader na Escandinávia, é provável que alguém esteja lendo uma história dela.

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