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Aviso alemão: na Europa, “na melhor das hipóteses, há uma paz gélida, que pode eclodir a qualquer momento em confrontos quentes”.
Os avisos têm chegado pelos ares, nas últimas semanas: foram vistos drones a pairar sobre instalações críticas de segurança em vários países da União Europeia e da NATO.
Na Alemanha, o alerta está “ligado”. Entre outras estruturas afetadas, o Aeroporto de Munique tem sido fechado constantemente.
O Ministério do Interior vai fortalecer a defesa contra drones e estabelecer um centro de defesa conjunto federal e estadual. Está a ser criada uma nova lei de segurança da aviação.
As ameaças russas estão a aumentar, a tornar-se mais agressivas. E o assunto chegou agora ao Parlamento através dos serviços secretos.
O presidente do Serviço Federal de Inteligência (BND), Martin Jäger, foi ao Bundestag nesta segunda-feira e deixou bem claro: “Não podemos acomodar-nos e presumir que um possível ataque russo só vai acontecer em 2029, no mínimo. Já estamos sob fogo hoje“.
Em audiência pública, Martin Jäger comentou que, na Europa, “na melhor das hipóteses, há uma paz gélida, que pode eclodir a qualquer momento em confrontos quentes”.
“A Rússia está a testar os nossos limites. Portanto, devemos preparar-nos para uma nova escalada da situação”, cita o Handelsblatt.
O líder dos serviços secretos avisa que o Kremlin está a implementar uma estratégia de expansão da sua esfera de influência no Ocidente e tornar a Europa economicamente dependente.
E repetiu o alerta: a Rússia “não se esquivará de um confronto militar direto com a NATO”.
O chefe do BND reconhece uma “nova qualidade de confronto: estamos diante de uma contrapotência agressiva que demonstra pouca contenção na hora de defender os seus interesses”.
Jäger destacou as tentativas russas de manipular eleições e a opinião pública, bem como a disseminação de desinformação.
Espionagem, sabotagem, violações do espaço aéreo com drones e caças, assassinatos por encomenda e perseguição de figuras da oposição que vivem noutros países. Todas são ameaças vindas do Kremlin, segundo os serviços secretos alemães.
Os chefes dos outros serviços de inteligência deixaram declarações semelhantes no Bundestag.
O Governo da Alemanha já tinha avisado que os cabos submarinos, os ataques cibernéticos a aeroportos e centros logísticos e campanhas de influência maliciosa em eleições são exemplos evidentes de ataques da Rússia.