A Fórmula 1 regressa este fim de semana a Austin, no Texas, para o Grande Prémio dos Estados Unidos, disputado no Circuit of the Americas (COTA) desde 2012.
Este é o segundo Grande Prémio em solo norte-americano nesta temporada — após Miami —, antecedendo a etapa de Las Vegas. Ao longo da história, o evento já passou por seis circuitos diferentes, desde a estreia em Sebring, em 1959, até à atual 45.ª edição em Austin. Watkins Glen, em Nova Iorque, continua a ser o circuito com mais provas realizadas (20 entre 1961 e 1980), seguido de Indianápolis, que acolheu oito corridas entre 2000 e 2007. Outras cidades como Detroit, Phoenix, Riverside e Dallas também receberam o evento em edições pontuais.
Hamilton com mais vitórias
Entre os pilotos, Lewis Hamilton é o mais vitorioso em solo norte-americano, com seis triunfos — cinco em Austin e um em Indianápolis —, ficando a apenas uma vitória do recorde de Michael Schumacher. Ambos partilham ainda o recorde de quatro pole positions. Hamilton conquistou dois dos seus títulos mundiais no Texas, em 2015 e 2019.
No palmarés dos construtores, a Ferrari lidera com onze vitórias: duas em Watkins Glen, cinco em Indianápolis e quatro em Austin.
A pista
O Grande Prémio dos Estados Unidos, no Circuito das Américas (COTA), será disputado ao longo de 56 voltas, num traçado de 5,513 quilómetros percorrido em sentido contrário ao dos ponteiros do relógio. O circuito conta com 20 curvas inspiradas em alguns dos traçados mais emblemáticos da Fórmula 1, como Silverstone, Suzuka, Hockenheim e Istanbul Park, destacando-se pelo desnível de 41 metros, visível logo na íngreme subida após a linha de partida. Esta diversidade de curvas exige um equilíbrio apurado na afinação dos monolugares, combinando velocidade em reta e estabilidade nas secções mais técnicas. Os habituais ressaltos da pista também darão dores de cabeça aos engenheiros para encontrar a afinação certa.
As forças laterais exercidas sobre os pneus são superiores às longitudinais, devido às mudanças rápidas de direção, e a degradação térmica é o principal desafio, agravada pelas temperaturas elevadas típicas do Texas em outubro, que podem ultrapassar os 30 °C. A pista foi parcialmente repavimentada no ano anterior, tornando a pista mais suave e menos irregular.
Os compostos escolhidos
A Pirelli traz novamente uma seleção não consecutiva de compostos – C1 (duro), C3 (médio) e C4 (macio) – tal como em Spa-Francorchamps. Em Austin, o C1 é mais duro do que o usado no ano passado, enquanto o médio e o macio permanecem inalterados. A diferença de desempenho entre os compostos pode gerar duas estratégias distintas: uma corrida com uma única paragem, combinando C1 e C3, privilegiando consistência; ou uma estratégia de duas paragens, utilizando C3 e C4 para maior rapidez, embora com maior desgaste.
Tal como na Bélgica, o fim de semana em Austin seguirá o formato Sprint, limitando as equipas a uma hora de treinos livres, o que poderá aumentar a incerteza estratégica e tornar o desenrolar da prova particularmente imprevisível.
Horários
Sexta-feira
- Treino Livre 1 – 18:30
- Qualificação Corrida Sprint – 22:30
Sábado
- Corrida Sprint – 18:00
- Qualificação – 22:00
Domingo
Classificação geral dos pilotos
Classificação Geral Construtores