O fotógrafo brasileiro Fernando Faciole foi um dos grandes destaques da edição de 2025 do concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano, promovido pelo Museu de História Natural de Londres. Ele conquistou o Prêmio Impacto, que reconhece histórias de esperança e sucesso em conservação ambiental, com uma imagem que retrata um filhote órfão de tamanduá-bandeira seguindo seu cuidador em um centro de reabilitação no Brasil.
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A foto, segundo os organizadores, simboliza a relação de confiança e reconstrução entre humanos e animais vítimas de ameaças causadas por atividades humanas. A mãe do filhote havia morrido após ser atropelada — uma das principais causas do declínio da espécie no país. No centro de reabilitação, o cuidador ensina o jovem tamanduá a desenvolver habilidades essenciais para a sobrevivência, até que ele possa ser devolvido à natureza.
O trabalho faz parte do projeto Tamanduás e Rodovias, do Instituto de Conservação de Animais Selvagens (ICAS), que atua na proteção da fauna brasileira e na redução da mortalidade de animais nas estradas. A iniciativa inclui a instalação de cercas e a construção de túneis subterrâneos para permitir travessias seguras.
Formado em ciências biológicas, o brasileiro é reconhecido internacionalmente por seu trabalho dedicado à documentação de espécies ameaçadas e ecossistemas vulneráveis na América Latina. Suas fotografias já foram publicadas em veículos como National Geographic Magazine e BBC Wildlife Magazine.
A cerimônia de premiação, realizada anualmente em Londres, também consagrou o sul-africano Wim van den Heever como Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano, com a imagem “Visitante da Cidade Fantasma”, e o italiano Andrea Dominizi, de 17 anos, como Jovem Fotógrafo do Ano. As fotos vencedoras serão exibidas no Museu de História Natural antes de seguir para uma turnê internacional que celebra a força e a diversidade do mundo natural.