Wall Street está a lutar contra o início de uma crise bancária regional nos EUA e fechou em baixa nesta quinta-feira, impulsionada pelas novas preocupações com a qualidade do crédito nos bancos regionais dos EUA.
Traders work on the floor of the New York Stock Exchange (NYSE) shortly after the opening bell in New York, U.S., January 3, 2017. REUTERS/Lucas Jackson
O Dow Jones recuou 0,65%, para os 45.952,24 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 0,63%, fechando nos 6.629,07 pontos. O tecnológico Nasdaq Composite cedeu 0,47%, para os 22.562,54 pontos.
Wall Street está a lutar contra o início de uma crise bancária regional nos EUA e fechou em baixa nesta quinta-feira, impulsionada pelas novas preocupações com a qualidade do crédito nos bancos regionais dos EUA.
Os investidores também lidaram com as tensões comerciais em curso e com o impacto da paralisação parcial do governo federal.
A maior pressão veio dos bancos regionais, especialmente do Zions e do Western Alliance, que atingiram mínimos diários com a reversão dos principais índices. O Zions caiu 13% após ter assumido uma imparidade de 50 milhões de dólares por empréstimos em incumprimento a dois clientes, enquanto o Western Alliance perdeu 11% após revelar um alegado caso de fraude por parte de um cliente.
“O mercado está extremamente nervoso com as perdas relacionadas com o crédito”, segundo os anaçistas. Os problemas dos bancos regionais não foram bem recebidos, e isso está a punir as instituições financeiros e os bancos de pequena capitalização.
O próprio CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, alertou no início desta semana que “quando se vê uma barata, provavelmente há mais”, referindo-se aos colapsos da First Brands e da Tricolor Holdings. O banco de investimento Jefferies, com exposição à First Brands, perdeu mais 10% esta quinta-feira, registando uma queda mensal de 25%.
Os investidores estiveram também atentos aos desenvolvimentos geopolíticos, num dia em que Donald Trump conversou durante duas horas por telefone com Vladimir Putin, tendo agendado um encontro futuro em Budapeste para tentar pôr fim ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
Amanhã Trump recebe Zelensky e o mundo está de olhos postos na reação do presidente da Ucrânia à possibilidade de um processo de paz com a Rússia, quando na verdade o que esperava era os Tomahawk Land Attack Missile (TLAM) para continuar a guerra até tentar derrotar a Rússia. O facto de Putin admitir disponibilidade para um processo de paz enfraquece o argumento de “pressionar Putin para se sentar à mesa das negociações” que estava a ser usado para pedir os misseis.
A guerra comercial entre os EUA com a China também poderá amenizar com a possibilidade de um acordo de paz mediado por Donald Trump, entre a Rússia e a Ucrânia.
O petróleo WTI cai 1,39% para 57,46 dólares. Abaixo dos 61,01 dólares do Brent na Europa que recuou 1,45%.
O euro aprecia 0,03% para 1,1690 dólares.