A análise às eleições autárquicas com o comentador da TVI

Gonçalo Capitão fez a piada, mas Miguel Sousa Tavares acha que há razão por detrás da intervenção do deputado do PSD no Parlamento que, entretanto, se tornou viral.

Na sua rubrica semanal do Jornal Nacional da TVI (do mesmo grupo da CNN Portugal), 5.ª Coluna, o comentador vê no Chega um dos derrotados da noite eleitoral de domingo, em que o partido de André Ventura conquistou três Câmaras, mais três que há quatro anos, mas muito menos que as 30 que chegou a perspetivar.

O caso de Faro é, para Miguel Sousa Tavares, um dos mais paradigmáticos. Era por lá, num distrito em que o Chega venceu as últimas duas eleições legislativas, que corria o líder da bancada parlamentar do partido, Pedro Pinto, que não foi além de um terceiro lugar, bem longe dos primeiros dois.

“O Pedro Pinto foi depenado no Algarve, completamente. Saiu Pedro Pintainho”, apontou o comentador da TVI, que também dá razão à visão de que o Chega passou de “miserável a pobre”.

Num olhar mais geral, Miguel Sousa Tavares concorda que Luís Montenegro e o PSD foram os grandes vencedores da noite. É o “vencedor incontestável”, enquanto o PS depende de como se vê o copo, se meio cheio, se meio vazio.

Sobre o Bloco de Esquerda, o comentador vê ali um partido “que já está morto e que morreu nas eleições”, admitindo surpresa com a ausência de uma demissão de Mariana Mortágua.

Miguel Sousa Tavares estranhou ainda mais foi a coligação feita com PS, Bloco de Esquerda e PAN, indicando que foram os socialistas quem mais perderam.

Quanto à CDU, o comentador admite que pode ter perdido mais do que esperava, pelo que também é um derrotado das eleições, como vai ser “de eleição em eleição”, até porque os discursos dos secretários-gerais do PCP são sempre os mesmos, agora a liderar um “partido cego”.