Uma conta no Instagram recentemente desenterrou uma entrevista de Kurt Cobain ao canal MuchMusic TV, no Canadá, nove meses antes de sua morte, em 5 de abril de 1994. O registro mostra o saudoso vocalista do Nirvana revelando o livro que ela já leu “umas dez vezes”.
Na conversa com Erica Ehm, em meados de 1993, Cobain disse que não só devorou diversas vezes a obra O Perfume (1985), de Patrick Suskind, como foi inspirado pela história em uma de suas músicas; no caso, “Scentless Apprentice”.
A Erica, Kurt explicou a premissa do romance dizendo que, “na virada do século, este aprendiz de perfume francês está apenas enojado, basicamente, de todos os seres humanos, mas não pode se afastar deles.”
Brincando que o livro o fez “querer cortar seu nariz”, Cobain acrescentou:
“Sou hipocondríaco, isso me afeta. Ele [o protagonista] segue esta jornada, esta caminhada da morte. Ele viaja para áreas rurais, onde há bosques e pequenas aldeias… E só viaja à noite. Sempre que cheira um ser humano, mesmo que distante, ele fica com nojo e se esconde. Ele só queria ficar longe das pessoas… Eu posso me relacionar com isso.”
Kurt, aliás, disse à entrevistadora que esta foi a “primeira e única vez” que ele usou uma história pré-existente para escrever uma canção. Vale lembrar que o livro, mais tarde, ganhou adaptação para o cinema sob o título Perfume: A História de um Assassino (2007), com Ben Whishaw, Dustin Hoffman e Alan Rickman no elenco.
Confira um trecho da entrevista de Kurt Cobain, além da faixa “Scentless Apprentice” na íntegra, ao final da matéria!
Nirvana venceu processo contra bebê que esteve na capa de Nevermind
Por falar em Nirvana, Spencer Elden, o bebê que aparece na capa do lendário disco Nevermind, lançado pela banda em 1991, perdeu o processo judicial que movia contra o grupo.
No final de setembro , o juiz federal responsável pelo caso, Fernando M. Olguin, indeferiu o pedido feito pelo homem que apareceu nu dentro de uma piscina quando ainda tinha pouco meses de vida, em uma das capas de álbum mais icônicas da história do Rock.
No processo, Elden alegou que a arte violava as leis federais contra pornografia infantil ao exibir a imagem supostamente sexualizada de um menor. Ao tomar sua decisão, Fernando M. Olguin disse que “não se tratava de pornografia infantil” e afirmou que a famosa foto nem chegava perto de atender à definição de conteúdo ilegal, como você pode saber mais aqui.
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