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Em causa uma possível escalada na guerra comercial. Empresas europeias devem enfrentar um novo ciclo de atrasos nos pagamentos.

A incerteza tem reinado a economia global ao longo dos últimos anos. Veio a COVID-19, vieram (mais) guerras, vieram as tarifas impostas pela Casa Branca.

“Incerteza” é uma palavra que não agrada às empresas – que estão a ver aproximar-se uma “tempestade perfeita”, pelo menos entre as empresas europeias.

A descrição é feita pela Executive Digest, que cita o relatório da Intrum, Economy in Focus #14: Bracing for Impact – Europe in a New Trade Era

A trilogia preocupante resume-se a: tarifas, atrasos nos pagamentos e risco de falência. Isto porque há tensões comerciais globais, cadeias de abastecimento perturbadas e o regresso de políticas protecionistas.

Na Europa, os quatro países mais expostos ao novo panorama comercial serão Alemanha, Itália, Reino Unido e Irlanda. Os setores automóvel, farmacêutico e manufatureiro são os mais vulneráveis às novas restrições, sobretudo impostas por Donald Trump.

O relatório apresenta dois cenários possíveis para a economia europeia.

O primeiro cenário, o cenário base, é uma desescalada gradual das tensões, retaliações limitadas e tarifas em níveis geríveis. Segue-se uma recuperação económica moderada.

O segundo cenário, mais negativo, terá uma escalada para uma guerra comercial em larga escala, tarifas mais elevadas, forte recessão, aumento do desemprego e crescimento dos incumprimentos.

O primeiro cenário, mais otimista, não é muito otimista: porque, mesmo aí, as empresas europeias não devem ter melhorias significativas a curto prazo.

Mas, voltando à incerteza, este ano está muito dependente das decisões políticas em Washington e da reação dos principais atores mundiais.

Uma hipótese em cima da mesa é o aumento dos atrasos nos pagamentos e o aumento das falências, sobretudo nas pequenas e médias empresas – que já estão mais vulneráveis desde a pandemia. A liquidez das empresas estará sob pressão, os bancos poderão restringir o crédito.

“Uma forte recessão económica reduz severamente os fluxos de caixa das famílias e das empresas, provocando um aumento significativo dos atrasos nos pagamentos, dos incumprimentos e das falências”, cita o Jornal Económico.


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