O príncipe Andrew, do Reino Unido, declarou nesta sexta-feira que deixará de usar o título de duque de York, após anos de críticas sobre seu comportamento e suas ligações com o criminoso sexual americano Jeffrey Epstein.

A reputação de Andrew — irmão mais novo do rei Charles e segundo filho da rainha Elizabeth II — foi duramente abalada nos últimos anos, principalmente por causa de suas conexões com Epstein. Também vieram à tona revelações de que um de seus associados mais próximos nos negócios era considerado pelo governo britânico um espião chinês.

Em comunicado, Andrew afirmou que “as acusações contínuas” desviavam a atenção do trabalho de seu irmão mais velho, o rei Charles, e das atividades mais amplas da família real britânica.

“Portanto, não usarei mais o título nem as honrarias que me foram concedidas. Como já disse anteriormente, nego veementemente as acusações feitas contra mim”, declarou o príncipe.

Andrew, de 65 anos, oitavo na linha de sucessão ao trono, foi oficial da Marinha britânica, tendo servido durante a Guerra das Malvinas contra a Argentina, no início da década de 1980.

Em 2022, foi destituído da maior parte de seus títulos e afastado de suas funções oficiais devido a suas ligações com Epstein.

Naquele mesmo ano, ele fez um acordo judicial com Virginia Giuffre — que morreu em abril — após ela acusá-lo de tê-la abusado sexualmente quando era adolescente.

Andrew sempre negou a acusação, que voltou a ganhar destaque na última semana com o lançamento das memórias de Giuffre.

 — Foto: AP Photo/Kirsty Wigglesworth, File — Foto: AP Photo/Kirsty Wigglesworth, File