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Entre os casos está o da empresária Jennifer Meissner, cuja empresa de soldadura, contratada para trabalhar na nova sede da Tesla no Texas, acabou por declarar falência após mais de um milhão de dólares em faturas não pagos.

Jennifer Meissner contou à CNN que não conseguiu pagar aos funcionários no Natal e viu-se forçada a contrair empréstimos com juros elevados, liquidar as suas poupanças e vender bens pessoais.

A sua empresa, a Professional Process Piping, trabalhava exclusivamente no projecto da Tesla há mais de um ano. A marca automóvel alegou no tribunal que os serviços prestados eram de qualidade inferior e cobrados em excesso.

Um acordo judicial obrigou a Tesla a pagar 650 mil dólares aos subcontratados da empresa de Jennifer Meissner, mas a proprietária diz que ainda perdeu centenas de milhares de dólares.

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Outros empreiteiros relatam histórias semelhantes, com atrasos de pagamento de vários meses, ou mesmo ausência total de pagamento, o que gerou quebras de liquidez, dívidas e, em alguns casos, falências. Alguns fornecedores hesitam em falar publicamente por receio de represálias ou devido a acordos de confidencialidade.

Casos como o da Full Circle Technologies, que forneceu câmaras de vigilância à Gigafactory da Tesla e declarou falência após não receber quase 600 mil dólares, multiplicam-se. Outro fornecedor, a Electra Link, também não foi pago e viu os seus avisos ignorados, levando-a a apresentar uma acção judicial, à qual a Tesla respondeu com um contra-processo.

Práticas semelhantes terão ocorrido após a compra do Twitter por Elon Musk em 2022, com pelo menos sete empresas a processarem a plataforma por falta de pagamento. Segundo um advogado que acompanhou esses casos, a empresa “decidiu simplesmente não pagar até ser processada”.

“Quando há tantos (penhores), isto parece-me um negócio padrão, e isso é duvidoso”, disse Jennifer Meissner, acrescentando que quer que Musk saiba quantas vidas foram impactadas pelos atos das suas empresas.