O favoritismo era dos visitantes, que até marcaram primeiro e cedo, aos seis minutos, através de uma grande penalidade convertida por Rodrigo Pinho, mas os locais deram uma lição de garra, coesão e vontade, e levaram a melhor, com dois golos de Pauleta, aos 43 e 52, e um de Mário Borges, aos 69.

O Alpendorada entrou melhor, ganhou um canto logo aos dois minutos e o Estrela Amadora conquistou uma grande penalidade, depois de Zuzarte derrubar Jorge Meireles quando tentava fazer uma corte.

Rodrigo Pinho aproveitou o ensejo e transformou o castigo máximo no 1-0 para os visitantes, que até então nada tinham feito para merecer a vantagem madrugadora.

Os locais reagiram bem e, com muita garra e também competência, foram tomando conta do meio-campo e empurrando o Estrela para trás, procurando alcançar a baliza de Diogo Pinto com cruzamentos, tanto da direita como da esquerda.

O Estrela a Amadora, 15.º classificado da I Liga, começou então a der sinais de claro desconforto, perante a forte pressão da equipa local, do quarto escalão, evidenciando dificuldades para ligar o seu jogo e sair para o ataque.

O empate chegou sem grande surpresa para quem assistiu ao jogo e foi obra de Pauleta, que acorreu bem a um cruzamento da direita de Fábio, cabeceou e bateu o desamparado Diogo Pinto.

O Alpendorada manteve-se confiante e dominador na segunda parte e Mário Borges, filho do treinador do Sporting, Rui Borges, dispôs de uma ocasião de golo aos 47 minutos, que Diogo Pinto negou, oferecendo o corpo à bola.

O Estrela parecia perdido em campo e não teve a atitude certa para enfrentar a determinação que o Alpendorada exibiu e que lhe permitiu ganhar quase todos os duelos.

O 2-1 para os anfitriões surgiu aos 52 minutos, depois de um remate de Ismael de fora da área que sofreu um desvio decisivo em Pauleta e acabou com a bola dentro da baliza do Estrela.

O treinador do Estrela procurou refrescar a equipa, mas não foi bem-sucedido, porque o Alpendorada, que treina quatro vezes por semana, permaneceu coeso e motivado e ainda teve energia para fazer o 3-1, aos 69 minutos, com um grande remate de Mário Borges.

O Estrela não tinha tido uma ocasião de golo até essa altura, fruto da sua pobre exibição, e foi já aos 86 minutos que conseguiu incomodar pela primeira vez o guarda-redes local, num lance protagonizado por Gastão e bem resolvido por Ricardo Morais.

O encontro terminou pouco depois, com uma grande festa dos jogadores e adeptos do Alpendorada, uma equipa do concelho do Marco de Canaveses que pela primeira vez nos 65 anos da sua história atinge a quarta eliminatória da Taça de Portugal

Jogo no Estádio Municipal de Alpendorada, em Alpendorada.

FC Alpendorada – Estrela da Amadora, 3-1.

Ao intervalo: 1-1.

Marcadores:

0-1, Rodrigo Pinho, 06 minutos (grande penalidade).

1-1, Pauleta, 43.

2-1, Pauleta, 52.

3-1, Mário Borges, 69.

Equipas:

– FC Alpendorada: Ricardo Morais, Hugo Meireles (Fontes, 90+2), Zuzarte, Pepe, Fábio Rodrigo, Tavares, Mário Borges, Simão Melhor, Ismael (Nilo, 77), Jucélio (Diogo Freitas, 83) e Pauleta (Jony, 77).

(Suplentes: Matos, Fontes, Gian, Henrique, Jony, Nelson, Peixoto, Diogo Freitas e Nilo).

Treinador: Nuno Barbosa.

– Estrela da Amadora: Diogo Pinto, Georgii Tungulliadi (Kikas,46), Luan Patrick, Guilherme Montoia, Oumar Ngom, Jefferson Encada, Paulo Moreira (Leandro Antonetti, 66), Jorge Meireles, Atanas Chernev (Gastão, 76), Inanis Stoica (Sidny Cabral, 56) e Rodrigo Pinho (Robinho, 66).

(Suplentes: David Grilo, Otávio, Sidny Cabral, Robinho, Alexandre Sola, Gastão, Alan Godoy, Leandro Antonetti e Kikas).

Treinador: João Nuno.

Árbitro: José Bessa (AF Porto).

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Hugo Meireles (17), Georgii Tungulliadi (27), Tavares (62), Robinho (68), Ismael (71), Sidny Cabral (71) e Zuzarte (74)

Assistência: cerca de 2.000 espetadores.