Imagem do planeta Terra vista do espaço com uma galáxia ao fundo, representando a reflexão sobre a possível data da morte do universo.Novo estudo sugere que a data da morte do Universo e como o cosmos pode colapsar sobre si mesmo em cerca de 20 bilhões de anosFoto: Canva/ND

Cientistas acreditam ter encontrado uma possível data da morte do Universo e o cenário seria um “Big Bang ao contrário”. Conforme uma pesquisa publicada no Journal of Cosmology and Astroparticle Physics, o cosmos pode estar se expandindo apenas por mais 11 bilhões de anos antes de começar a colapsar.

O fenômeno, conhecido como Big Crunch, ocorre quando toda a matéria voltaria a se comprimir até uma densidade infinita.

Durante o estudo, os cientistas se basearam em novas observações sobre o comportamento da energia escura, a força misteriosa que impulsiona a expansão do universo.

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Os resultados indicam que o universo teria uma “vida útil” total de 33,3 bilhões de anos. Como o Big Bang ocorreu há cerca de 13,8 bilhões de anos, restariam menos de 20 bilhões de anos até o fim de tudo.

O que pode causar a data da morte do UniversoImagem do espaço com um buraco negro rodeado por uma anel de plasma brilhante, criando um efeito visual impressionante de fenômeno astronômico.Anteriormente, os cientistas acreditavam que o Universo se expandiriam para sempreFoto: Canva/ND

Durante décadas, astrônomos acreditaram que a constante cosmológica, símbolo λ, proposta por Albert Einstein, era positiva, o que significaria que o universo se expandiria para sempre.

No entanto, novas análises indicam que esse valor pode ser negativo, o que muda completamente o destino do cosmos. Um λ negativo atua como uma força de atração constante, que poderia frear e até inverter a expansão do universo, levando ao colapso final.

“Se os dados estiverem certos, o universo não vai se expandir eternamente, mas sim terminar em um Big Crunch”, explicou Henry Tye, físico da Universidade Cornell, em entrevista à Science Alert.

Energia escura pode estar mudando com o tempoImagem de uma galáxia vibrante no espaço, exibindo cores brilhantes de rosa, roxo e branco, representando o universo e objetos celestes.O novo modelo combina um pequeno valor negativo para λ com a presença de partículas chamadas axiõesFoto: Canva/ND

Além disso, as observações dos cientistas indicam que a energia escura, antes considerada constante, pode estar evoluindo. O novo modelo combina um pequeno valor negativo para λ com a presença de partículas chamadas axiões, extremamente leves e difíceis de detectar.

Essas partículas agiriam como um “empurrão suave” que mantém o universo em expansão, mas de forma temporária. Segundo os cientistas, esse impulso começaria a enfraquecer em cerca de 11 bilhões de anos, momento em que a atração gravitacional se tornaria dominante, interrompendo a expansão.

A partir daí, o cosmos passaria a se contrair lentamente, até colapsar completamente 8 bilhões de anos depois.

Um futuro previsível, mas distante

No total, o universo atingiria um tamanho máximo de 1,7 vez o atual antes de começar a encolher. Embora esse processo leve bilhões de anos, o estudo redefine a forma como entendemos o futuro cósmico.

A hipótese do Big Crunch reforça a ideia de que o universo pode ser cíclico, nascendo, se expandindo e morrendo em intervalos imensos.