O guarda-redes Cheikh Touré, uma promessa do Esprit Foot Yeumbeul, morreu em circunstâncias ainda por apurar, mas, aparentemente o jovem de 18 anos terá sido atraído por um grupo de pessoas com a promessa de testes para ingressar num clube profissional.

Touré terá sido raptado pelos falsos agentes que pediram um resgaste que a família não conseguiu pagar e acabaram por matar o atleta senegalês.

O Ministério da Integração Africana, Relações Exteriores e Senegaleses no Exterior acaba de se pronunciar sobre o caso, explicando que as primeiras investigações «indicam que o Sr. Touré, um jovem jogador de futebol senegalês, pode ter sido vítima de uma rede de fraude e extorsão».

Informações recentes dizem que Touré estaria acompanhado por outros jogadores, mas não há informação sobre o paradeiro dos mesmos e que as famílias estão muito preocupadas com o silêncio dos filhos.

A mãe do jovem jogador contou em lágrimas o pesadelo que viveu na última semana.

«Tentei perceber se era seguro porque é o meu único filho. Falei com a mãe do Bamba e ela disse que sim, que ele estava bem. Dei-lhe dinheiro para cortar o cabelo, comprar roupa nova…um fato. Rezei muito por ele e pedi-lhe para ter cuidado, porque o meu filho é a coisa mais importante do mundo para mim», contou destroçada.

O filho enviou-lhe um audio a dizer que tinha chegado e só quatro dias depois voltou a ter notícias. Na terça-feira, novamente com uma mensagem de voz disse à mãe que as pessoas que o tinham levado lhe estavam a pedir 850.000 fracos africanos, cerca de 1300 euros, para não o mandar já para casa, dizendo-lhe que tinha acontecido o mesmo com outros jogadores, para ela não se preocupar.

Nesse mesmo dia, por volta da meia-noite, a mãe recebeu uma chamada de uma pessoa do Gana a dizer-lhe que o filho tinha tido um acidente. Foi quando ela percebeu tudo o que se estava a passar. Cheikh e a mãe tinham pago 380 euros pela viagem que afinal não foi para Marrocos, mas sim para o Gana. a mãe do gurda-redes de 18 anos ainda conseguiu juntar 760 euros que pediu emprestados ,mas recebeu novo pedido de mais 228 euros.

Sem conseguir responder a tantos pedidos, acabou por receber um vídeo de Cheikh Touré, morto depois de ter sido visivelmente torturado.

Neste momento, o corpo do guarda-redes está em Acra, na capital do Gana, enquanto o governo senegalês promete repatriar os restos mortais de Cheikh Touré.

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