VogelSP / depositphotos

Rio Yarlung Zangbo, no Tibete

O rio Yarlung Zangbo no Tibete é conhecido por ser o mais alto do mundo. Está 4.000 metros  acima do nível do mar… e a tornar-se cada vez mais instável.

O Landsat 9 da NASA tirou uma fotografia que mostra o rio Yarlung Zangbo a serpentear o Planalto Tibetano.

A imagem de satélite mostra uma secção particularmente intrincada de um “rio entrançado”, que temsofrido mudanças visuais drásticas todos os anos e que, como refere a Live Science, poderá tornar-se mais instável nas próximas décadas devido às alterações climáticas.

O rio Yarlung Zangbo é um curso de água com cerca de 2.000 quilómetros de comprimento, que se estende desde a sua nascente num glaciar no leste do Planalto Tibetano até à Índia.

É o rio mais longo do Tibete, bem como o quinto mais longo da China, e detém o recorde de ser o maior rio de grande dimensão com maior altitude na Terra, fluindo a uma elevação média de 4.000 metros acima do nível do mar.

O rio tem origem no glaciar Angsi, emergindo de um fluxo de água de degelo proveniente da massa de gelo. Quando o rio chega à Índia, torna-se parte do rio Brahmaputra e continua por mais 2.900 quilómetros até chegar ao rio Ganges, onde desagua no oceano Índico.

A secção fotografada do rio situa-se no Condado de Zhanang, pouco antes de atravessar o desfiladeiro terrestre mais profundo do mundo, que lhe dá o nome — o Grande Desfiladeiro Yarlung Tsangpo — com mais de 6.000 metros de profundidade (três vezes mais profundo do que o Grand Canyon do Arizona).

O Yarlung Zangbo é um dos mais famosos casos de rio entrançado — um curso de água com “canais de múltiplos fios que se dividem e voltam a unir, criando o padrão característico de trança”, com ilhotas e bancos de areia “formados, consumidos e reformados continuamente”, segundo o National Park Service.

NASA/Landsat 9

As muitas “tranças” móveis do rio Yarlung Zangbo fazem parte do curso de água mais alto do mundo, que serpenteia pelo Planalto Tibetano

Esta secção é onde ocorre a maior quantidade de tranças em todo o rio, chegando a existir até 20 canais paralelos em certos pontos da imagem.

Como explicou Zoltán Sylvester, geólogo da Universidade do Texas em Austin, ao Earth Observatory da NASA, a configuração entrançada do Yarlung Zangbo é causada por depósitos pesados de sedimentos provenientes das íngremes encostas dos Himalaias adjacentes, que são arrastados para o rio e ajudam a esculpir novos canais no terreno.

O rio muda de forma com tanta frequência que nenhuma vegetação consegue crescer plenamente nas ilhotas de areia que aparecem de forma esporádica entre as tranças do curso de água, acrescentou.


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