João Ribeiro, diretor nacional-adjunto da PSP e responsável pela da Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras (UNEF) nega que exista uma política de “caça ao imigrante”.

“Eu não tenho essa visão. Fiquei triste, digamos assim, de ver alguma imprensa brasileira caracterizar a criação da Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras na PSP, fazendo comparações ao ICE nos Estados Unidos [serviço norte-americano de imigração e alfândegas], disse João Ribeiro em entrevista à agência Lusa.

João Ribeiro sustentou que a abordagem da PSP “não é essa”: “Estamos num Estado de Direito, temos uma matriz na formação de todos os nossos polícias que é do respeito e do primado dos direitos humanos e é essa abordagem que temos”.

João Ribeiro sublinhou ainda que a PSP está a identificar mais casos de tráfico de seres humanos em Portugal. Os casos já sinalizados referem-se a casos de exploração laboral e também sexual.

“Infelizmente temos tido sinais de que Portugal é também destino de tráfico de seres humanos para a exploração laboral, quer para a exploração sexual, quer também, infelizmente, alguns casos em que são processos para efeitos de importação, e peço desculpa pela expressão ser muito forte, importação de crianças para adoção”, precisou o diretor nacional-adjunto da PSP.


“As situações fundamentalmente passam-se nos grandes centros urbanos, nas áreas metropolitanas, e também no litoral. Nesse sentido, devo dizer que há um excelente relacionamento com a Guarda Nacional Republicana e Polícia Judiciária, na identificação dessas situações”, salientou.


c/Lusa