Uma nova pesquisa publicada na revista Science aponta para avanços significativos no tratamento de doenças mitocondriais, que podem impactar a saúde de muitos bebês.
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Por que importa para Osasco
- As doenças mitocondriais são raras, afetando cerca de 1 em cada 8 mil pessoas.
- A pesquisa pode abrir novas possibilidades de tratamento para essas condições hereditárias.
O estudo revela um mecanismo celular que pode ser crucial para reduzir o risco de transmissão de mutações genéticas responsáveis por essas doenças graves e incuráveis.
A pesquisa identifica que a transmissão de mutações ocorre quando as mitocôndrias defectivas não são eliminadas adequadamente durante o desenvolvimento embrionário. Isso resulta em um acúmulo que pode levar a doenças no futuro.
Em condições normais, o embrião possui um sistema de “controle de qualidade” conhecido como mitofagia, que elimina as mitocôndrias defeituosas. No entanto, a enzima USP30 pode bloquear essa eliminação, aumentando a quantidade de mitocôndrias mutantes.
Os pesquisadores utilizaram camundongos para demonstrar que, nos primeiros dias após a fecundação, as mutações não são reconhecidas devido à superativação da USP30. Esse processo impede que as mitocôndrias defeituosas sejam eliminadas, permitindo a transmissão das mutações.
O estudo sugere que ao inibir a USP30, é possível criar uma “janela de eliminação” para as mitocôndrias mutantes logo após a fecundação, o que poderia ser utilizado no tratamento de embriões em fertilização in vitro.
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O que observar
- Potenciais novos tratamentos para doenças mitocondriais.
- Desenvolvimentos em técnicas de fertilização in vitro.