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Vários países europeus e a Ucrânia estão a preparar um plano de 12 pontos para parar a guerra nas atuais linhas de batalha, contrariando as exigências de território feitas por Moscovo para ficar com todo o Donbass, avançou esta terça-feira a Bloomberg.
Segundo fontes próximas consultadas pela agência noticiosa, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ficaria a presidir a um conselho da paz, responsável por supervisionar a aplicação deste plano.
Uma vez que a Rússia concordasse com um cessar-fogo e ambos os lados se comprometessem a interromper os avanços territoriais, as propostas preveem o regresso de todas as crianças deportadas à Ucrânia e a troca de prisioneiros.
Por seu lado, a Ucrânia receberia garantias de segurança, fundos para reparar os danos da guerra e um caminho para aderir rapidamente à União Europeia.
As sanções contra a Rússia seriam gradualmente suspensas, embora cerca de 300 mil milhões de dólares norte-americanos (quase 260 mil milhões de euros) em reservas congeladas do banco central russo só fossem devolvidos depois de Moscovo concordar em contribuir para a reconstrução pós-guerra da Ucrânia. As restrições seriam restabelecidas se a Rússia atacasse novamente o país vizinho.
Os terrenos ocupados por Moscovo seriam negociados entre Rússia e a Ucrânia mas, indicou o plano citado pela agência, nem Kiev nem a União Europeia “reconheceriam legalmente qualquer território ocupado” como sendo parte da Rússia.
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É neste ponto do “congelamento” dos avanços e das linhas de batalha, defendido também pelos Estados Unidos, que o Kremlin parece não querer ceder.
Numa nota diplomática privada enviada para a Casa Branca citada pela Reuters, a diplomacia russa insistiu nos seus objetivos para a guerra na Ucrânia, nomeadamente, em avançar para tomar todo o Donbass, em vez de apenas parte. Questionados pela agência, nem a Casa Branca nem o Kremlin comentaram a situação.