“Sob a direção do Comandante Supremo das Forças Armadas da Federação Russa, Vladimir Putin, foi conduzido um exercício de treinamento das forças nucleares estratégicas, envolvendo componentes terrestres, navais e aéreos”, divulgou o Kremlin em comunicado.
Imagens divulgadas pelo Governo russo mostraram Putin a supervisionar os testes de lançamento de mísseis balísticos intercontinentais (ICBM) por terra, mar e ar, sentado sozinho na sala presidencial de reuniões. Através de um vídeo, o general Valery Gerasimov, chefe do Estado-Maior, ia relatando os exercícios ao presidente russo.
Gerasimov referiu a Putin que estes exercícios foram planeados para praticar “o procedimento de autorização e implantação de armas nucleares”. Estes testes visam avaliar as capacidades das estruturas de comando militar, adianta a mesma nota.
Durante os exercícios, um míssil balístico intercontinental Yars foi disparado do Cosmódromo de Plesetsk em direção ao campo de testes de Kura, na região de Kamchatka. Trata-se de um míssil com um alcance de até 11 mil quilómetros, capaz de atingir os Estados Unidos.
Foi ainda lançado um míssil balístico Sineva a partir do submarino nuclear Bryansk, no mar de Barrents, além mísseis de cruzeiro lançados pelos bombardeiros no ar.
“O comando dos lançamentos práticos foi realizado pelo Centro de Comando de Defesa Nacional da Federação Russa”, lê-se.No comunicado, o Kremlin acrescenta que “todos os objetivos do exercício de treino foram totalmente alcançados”.
Vladimir Putin supervisiona exercícios das forças estratégicas desde 2023. E embora o líder da Federação Russa tenha dito que as manobras foram planeadas com antecedência, o facto é que se realizaram horas depois de o presidente norte-americano ter dito que o encontro com Putin em Budapeste estava suspenso, alegando que não queria que fosse “uma perda de tempo”.
Também o porta-voz do Kremlin enfatizou, esta quarta-feira, que o encontro entre Putin e Trump tem de ser cuidadosamente preparado.
“Ninguém quer perder tempo: nem o presidente Trump nem o presidente Putin”, disse Dmitry Peskov aos jornalistas. “Estes são os dois presidentes acostumados a trabalhar com eficiência e alta produtividade. Mas a eficácia exige sempre preparação”.