Maria Flor (3), filha de Virgínia Fonseca (26) e Zé Felipe (27), encantou os fãs ao surgir de visual renovado. A transformação, que acompanhou a mudança de visual da mãe após quase 24 horas no salão de beleza, movimentou as redes sociais e gerou uma onda de comentários sobre o novo cabelo da pequena.
O gesto carinhoso entre mãe e filha também acendeu um debate importante sobre os cuidados com o uso de tinturas em crianças. Em entrevista à CARAS Brasil, a médica tricologista Dra. Marcia Dertkigil explicou que é preciso atenção redobrada antes de expor os fios e o couro cabeludo infantil a qualquer tipo de química.
“O interesse por coloração capilar em crianças tem crescido muito, impulsionado por modas, influenciadores e até produtos com apelo ‘infantil’. Mas quando falamos de crianças, o ideal é ter muito cuidado com qualquer tipo de química no cabelo, mesmo que seja só nas pontinhas. Os fios infantis ainda são mais finos e sensíveis, e o couro cabeludo também é mais delicado, o que aumenta o risco de alergias e irritações”, afirma.
Segundo a especialista, o desenvolvimento do couro cabeludo e do sistema imunológico nessa fase torna o organismo mais vulnerável. “É importante lembrar que o couro cabeludo infantil e o sistema imunológico ainda estão em desenvolvimento. Isso eleva o risco de reações adversas e de efeitos a longo prazo, como a absorção de metais pesados contidos nas tinturas convencionais. Essa sensibilização pode, inclusive, ser permanente para a vida toda”, alerta.
A médica ainda cita que há evidências científicas ligando o uso precoce de químicas capilares a alterações hormonais. “A ciência já mostra que a exposição repetida a solventes e compostos aromáticos das tinturas pode ter efeitos cumulativos, interferindo em vias hormonais e oxidativas, com possíveis repercussões em fases posteriores da vida, como puberdade precoce e desequilíbrios metabólicos”, diz.
Mesmo assim, ela reforça que há caminhos seguros para pais que desejam permitir uma mudança temporária. “Por isso, é fundamental orientar os pais e responsáveis a evitarem o uso de químicas permanentes em crianças. Existem alternativas seguras e educativas que podem ser estimuladas. Em situações pontuais, como festas, eventos ou simples desejo estético, o ideal é preferir tinturas vegetais temporárias, como hena pura e pigmentos naturais. Também é essencial evitar qualquer aplicação em couro cabeludo ferido, sensibilizado ou com dermatite”, destaca.
O alerta vai além da estética. “Além disso, é importante valorizar a educação estética positiva, incentivando o amor pelo cabelo natural e a construção de uma autoimagem saudável desde cedo. Se for apenas uma mudança temporária, com sprays coloridos ou tonalizantes próprios para crianças, sem amônia e sem oxidantes, não há problema. Mas tinturas permanentes e descoloração não são recomendadas nessa fase”, orienta.
Para ela, o segredo está na orientação da influenciadora e na escolha correta dos produtos. “O ideal é sempre conversar com um profissional antes e optar por produtos seguros, que saem com as lavagens. E é bom lembrar: o cabelo das crianças passa por muitas mudanças naturais com o crescimento. Quanto menos química e agressão, melhor será a saúde e a vitalidade dos fios no futuro”, conclui.
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