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Hannah Caldas nasceu em Vizela e vive na Califórnia, nos Estados Unidos. A atleta portuguesa alega que os testes de verificação de sexo solicitados “são procedimentos caros” e “não são exigidos em nenhum estado norte-americano” para competir.

Hannah Caldas

Hannah Caldas

Reprodução/X

Hannah Caldas, atleta de 47 anos, foi suspensa pela Federação Internacional de Natação por um período de cinco anos. A portuguesa nascida em Vizela, residente nos Estados Unidos, recusou-se a fazer um teste de verificação de sexo.

Além da suspensão até 18 de outubro de 2030, todos os resultados de Caldas entre 19 de junho de 2022 e 17 de outubro de 2024 serão desqualificados.

A Federação de Natação de Nova Iorque emitiu um comunicado, em nome da atleta portuguesa, em resposta à suspensão da Federação Internacional de Natação.

“Durante a investigação, a Federação Internacional de Natação pediu à senhora Caldas para se submeter a um teste de cromossomas – as suas expensas – para provar a consonância com o requerimento geral de política de género. O teste foi exigido mesmo após a Sra. Caldas ter fornecido à World Aquatics sua certidão de nascimento, que a identificava como mulher.”, começa por explicar.

“Testes cromossômicos são procedimentos invasivos e caros”, afirma a atleta portuguesa, que teria de arcar com todos os custos. “O meu plano de saúde recusa-se a cobrir este tipo de teste, porque não é clinicamente necessário”, diz Caldas, recordando que “nenhum estado norte-americano exige testes genéticos para eventos desportivos como esses”.