A nova banda desenhada de Astérix e Obélix, intitulada Astérix na Lusitânia, publicada mundialmente esta quinta-feira, 23 de outubro, pretende ser uma homenagem à cultura lusitana e dar a conhecer a história de Portugal, segundo os autores Fabcaro e Didier Conrad.

“É uma homenagem à cultura lusitana, à saudade. Nós fomos a Portugal, vimos concertos de fado e foi maravilhoso. Quando fazemos um álbum de viagem a um país que existe realmente, nós queremos que o país goste”, disse à Lusa o argumentista Fabcaro, nome artístico de Fabrice Caro, numa entrevista nas instalações da Éditions Albert René.

Durante uma das três visitas ao país, Fabcaro, que já tinha escrito “Astérix – O Lírio Branco” (2023), teve a ideia de levar os dois gauleses para Portugal pela primeira vez para dar a conhecer “um pouco da cultura lusitana” e da história de Portugal aos leitores, após visitarem mais de 15 países acompanhados do seu fiel companheiro de quatro patas, Ideiafix.

“Eu queria um álbum ao lado do mar, num país do Sul, com água, sol, luz bonita, fachadas coloridas. Um álbum que me desse vontade de ir de férias, então Portugal foi perfeito”, acrescentou.

Apesar de não terem muitos conhecimentos sobre Portugal na época romana, foi através da pesquisa – que incluiu conhecer “a história de Viriato” e a produção de garum (molho popular na Roma Antiga, feito a partir da fermentação de peixes e sal) – que surgiu a história para a nova aventura da dupla de gauleses mergulhada num sentimento de saudade, símbolo da identidade portuguesa.