Protestos durante o jogo, muitos protestos depois do jogo. De forma mais ou menos habitual, de maneira quase inevitável, o trabalho dos árbitros em dérbis e clássicos comporta sempre uma dose extra de potencial para terminar da pior forma à luz daqueles que estão em campo e lideram as equipas. Desta vez, tudo teve início ainda antes do encontro, com o Benfica a fazer um comunicado sobre a escolha de Fábio Veríssimo.
“Facto 1: O árbitro nomeado para apitar a Supertaça, Fábio Veríssimo, foi quarto classificado na temporada passada entre os 24 árbitros da Primeira Liga. Facto 2: Na época passada, Fábio Veríssimo foi o árbitro que mais apitou o Sporting: seis vezes. Ficaram célebres os erros em Famalicão e na Vila das Aves que beneficiaram o Sporting. Facto 3: Apenas por duas vezes apitou o Benfica, que perdeu os dois jogos em questão. Facto 4: Fábio Veríssimo foi o árbitro do dérbi Sporting-Benfica da 1.ª volta e ignorou um penálti evidente sobre Leandro Barreiro”, escreveram os encarnados em comunicado depois da nomeação.
“A Supertaça é sempre um jogo grande e qualquer árbitro tem sempre o objetivo de fazer grandes jogos. Eu não fujo à regra. Já fiz vários jogos entre Sporting e Benfica mas este será especial porque é o primeiro jogo da época. Espero começar bem para que a temporada seja positiva para a arbitragem portuguesa. Comunicado do Benfica? Relativamente a comunicados, não tenho nada a comentar. Não me deixa magoado e passa-me ao lado”, comentou o árbitro, numa das raras conferências de antevisão da terceira equipa.
A carga da partida estava adensada, o desenrolar dos 90 minutos (ou quase) teve poucos casos de avaliação mais complicada, com as quedas de Francisco Trincão e Luis Suárez na área na segunda parte a motivarem ainda alguns protestos que não passaram disso mesmo depois de um golo anulado logo no arranque da final a Pedro Gonçalves por fora de jogo por 28 centímetros de Harder no início do lance.
[Ouça aqui a análise do ex-árbitro Pedro Henriques no Sem Falta da Rádio Observador]
Ainda assim, o dérbi não acabou propriamente da forma mais calma, com Fábio Veríssimo, que já tinha dado vermelho direto no banco ao adjunto de Bruno Lage, o irmão Luís Nascimento, a distribuir mais expulsões sempre na zona dos bancos, neste caso para o técnico de guarda-redes dos encarnados, Nuno Santos, e para um jogador do Sporting, Jeremiah St. Juste, entre ânimos mais tensos entre os atletas no relvado.
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