Vacina deve ser aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida, além de um reforço aos 15 meses; o imunizante é ofertado de forma gratuita em diversas salas na capital

No Dia Mundial de Combate à Poliomielite, celebrado nesta sexta-feira (24), a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) alerta para a baixa cobertura vacinal contra a doença. Entre janeiro e abril deste ano, o índice chegou a 85,1%, abaixo da meta de 95% estabelecida pelo Ministério da Saúde. A poliomielite é uma doença grave, capaz de causar paralisia permanente e a vacinação é a única forma de prevenção.

Todas as crianças menores de cinco anos devem receber as doses de acordo com o calendário de rotina. Desde novembro de 2024, o Brasil adotou o esquema exclusivo com a vacina inativada poliomielite (VIP), em consonância com orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). O esquema prevê três doses aos 2, 4 e 6 meses de idade, além de um reforço aos 15 meses.

“Mesmo uma pequena queda na cobertura vacinal é suficiente para permitir a reintrodução de doenças como varicela, difteria, tétano, coqueluche, poliomielite e sarampo”, alerta Tereza Luiza Pereira, gerente da Rede de Frio Central da SES-DF. Ela reforça que manter os índices de vacinação elevados é essencial para evitar o retorno de enfermidades que já estavam controladas no país.
 

“Mesmo uma pequena queda na cobertura vacinal é suficiente para permitir a reintrodução de doenças como varicela, difteria, tétano, coqueluche, poliomielite e sarampo”, alerta Tereza Luiza Pereira, gerente da Rede de Frio Central da SES-DF. Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde DF

A situação da pólio reflete um cenário mais amplo. Outras vacinas importantes também ficaram abaixo do recomendado no DF no primeiro quadrimestre do ano:

– Covid-19 (3ª dose da Pfizer Baby) | 16,5% de cobertura (meta: 90%)

– Febre amarela | 81,8% (meta: 95%)

– Pneumocócica 10-valente | 82,3% (meta: 95%)

Foco da Secretaria de Saúde é alcançar as coberturas para diversas doenças, com destaque para sarampo, poliomielite e HPV. Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde DF

Para Tereza, a desinformação tem sido um dos principais entraves. “De uns anos para cá, muitas informações falsas começaram a circular e acabaram afastando as pessoas da vacinação. Na minha geração, o Zé Gotinha era um símbolo e a gente cresceu entendendo a importância da vacina. Hoje, é preciso mudar a estratégia, usar redes sociais, televisão e escolas. As vacinas estão disponíveis e são gratuitas, mas falta a cultura de buscar a imunização”, afirma.

Além da vacina contra a pólio, o calendário nacional de vacinação oferece outros 18 imunizantes que garantem proteção desde o nascimento até a terceira idade. 

A Secretaria de Saúde reforça a importância de que pais e responsáveis mantenham em dia a carteira de vacinação das crianças. Os imunizantes estão disponíveis gratuitamente nas salas de vacinação da rede pública em todo o Distrito Federal. 

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