O caso da nadadora transgénero Hannah Caldas tem dado que falar na imprensa internacional.

“A nadadora transgénero Hannah Caldas recebeu uma suspensão de cinco anos e foi desclassificada de todos os resultados competitivos entre junho de 2022 e outubro de 2024 pela World Aquatics por supostamente recusar fazer um teste de verificação de género”, destacou o New York Post.

Também a Fox News escreve que a nadadora “esteve no centro de uma controvérsia” ao ser banida da World Aquatics até 2030.

Já o Daily Mail destacou que Hannah Caldas obteve uma “suspensão de cinco anos por recusar fazer teste de sexo… meses depois de derrotar as rivais femininas no US Masters”.

O assunto tem também destaque em publicações espanholas, brasileiras e até australianas.

Confrontada com a polémica e o mediatismo à volta de Hanna Caldas, a Federação Portuguesa de Natação (FPN) diz não saber quem é a atleta.

Numa resposta ao jornal A Bola, o presidente da FPN Miguel Arrobas informou que na plataforma de filiação de atletas da FPN ‘FPN System’ não existe qualquer registo de uma nadadora com o nome veiculado nas notícias, desde que esta plataforma existe.

Sublinhe-se que assim que a suspensão de Hannah Caldas foi tornada pública, a New York Aquatics, que representa a nadadora, emitiu um comunicado no qual refere que a World Aquatics exigiu que a atleta realizasse, a expensas próprias, um teste genético para “provar” conformidade com as regras de género da organização, mesmo depois de a atleta ter apresentado a sua certidão de nascimento, onde é identificada como mulher.

A nadadora também já reagiu. “Testes cromossómicos são procedimentos invasivos e caros. O meu seguro recusa-se a cobrir esse tipo de teste porque não é medicamente necessário. Nenhum estado dos EUA exige testes genéticos para eventos desportivos recreativos como estes. Nem mesmo a U.S. Masters Swimming, o órgão nacional responsável pela natação recreativa para adultos nos EUA, impõe tal exigência para qualquer uma das suas competições”, sublinhou.

“Se uma suspensão de cinco anos é o preço que devo pagar para proteger a minha informação médica mais íntima, então é um preço que estou disposta a pagar — por mim e por todas as outras mulheres que não querem submeter-se a testes médicos altamente invasivos apenas para nadar numa competição recreativa de veteranos”, acrescentou.

Nos Estados Unidos, a U.S. Masters Swimming — entidade que regula a natação recreativa para adultos — chegou a declarar Hannah Caldas elegível para competir na categoria feminina, mas a decisão não teve qualquer impacto na sanção imposta pela World Aquatics.