Um empresário cuja identidade não foi revelada doou 130 milhões de dólares (cerca de 111 milhões de euros) ao governo federal dos Estados Unidos da América para ajudar a garantir o pagamento dos salários dos militares, que podem ser afetados pelo atual impasse orçamental em Washington – o chamado shutdown, que já se tornou o segundo maior de sempre. O anúncio foi feito pelo próprio Presidente norte-americano, Donald Trump.

Durante um evento na Casa Branca, Trump elogiou o doador — a quem chamou de “patriota” e “amigo pessoal” —, mas recusou revelar a sua identidade. “Ligou-nos há uns dias e disse: ‘Quero cobrir qualquer falha que exista por causa do bloqueio dos democratas… porque amo o exército e o meu país’”, contou o presidente.

A administração Trump está a enfrentar uma pressão crescente para assegurar que os militares em serviço ativo continuam a receber os seus vencimentos, apesar da paralisação parcial do Governo. Trump já tinha assinado uma ordem executiva a permitir ao Pentágono redirecionar fundos de investigação não utilizados para esse fim.

O presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, classificou a medida como uma solução provisória e alertou que os pagamentos poderão ser interrompidos se o Congresso não aprovar rapidamente um novo orçamento.

O Governo federal dos EUA está parcialmente encerrado desde 1 de outubro, devido a um impasse entre republicanos e democratas, com divergências em torno dos subsídios de saúde a bloquear as negociações.

“Não me pagam, mas se não trabalhar levo um processo disciplinar”. Milhões de funcionários públicos afetados por “shutdown” nos EUA

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