“A ASPP/PSP, tanto na primeira, como na segunda proposta de alteração à portaria de admissão ao curso de Agentes, deixou bem vincada a sua posição, tratam-se de propostas em desespero, meros paliativos de quem não percebe o que se está a passar na PSP. É um empurrar para a frente, no que à resolução dos problemas diz respeito”, afirma.

Sublinha que “a falta de atratividade na PSP é estrutural e assenta nos ainda baixos salários, nas ainda fracas condições de trabalho, no desrespeito pelos direitos, na baixa dignificação das carreiras e muito importante, na dificuldade de mobilidade interna, que implica que um jovem de Bragança por exemplo, não veja com bons olhos esperar vinte anos para poder exercer funções no local da sua origem”.

Quanto à “negociação” ou acordo com os sindicatos invocada pelo MAI, Paulo Santos é inequívoco: “se o MAI refere concordância dos sindicatos, mente, aliás a negociação foi uma mera auscultação”.

Aliás, completa, “se o MAI insiste por esta estratégia de alterar por via de idade e altura, é uma responsabilidade do MAI e da Direção Nacional, mas nunca da ASPP”.

O Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia (SNOP) propôs ainda uma extensão maior da idade, para os 45 anos, considerando que esta condição “não tem de ser uma condicionante quando a pessoa consegue passar as provas de acesso”.

“Foi uma discussão que partiu do ministério, em meados de setembro, para tentar resolver uma questão que não vai resolver por si só. Pode, eventualmente, mitigar o problema da falta de candidatos a agentes”, diz o presidente Bruno Pereira.

Assinala que “”quer na PSP, quer na GNR, o número de candidatos está em queda livre” e que o SNOP propôs até que “a idade máxima fosse até aos 45 anos para funcionários públicos e 40 para a restante população, seguindo, um pouco, os ordenamentos de outros países ocidentais – nos Estado Unidos não há limite de idade e noutros estados europeus a idade é também mais alargada”.