A Carris nega ter dado a informação relativa à data de substituição do cabo do elevador da Glória, e que consta na primeira nota informativa publicada pelo GPIAAF (Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários), desmentindo assim a notícia publicada esta sexta-feira no Expresso, segundo a qual a empresa deu uma “informação errada” à investigação do acidente.

Em comunicado enviado na sequência desta notícia, com o objetivo de ver “repostas, por uma questão de rigor e defesa da honra e do bom nome” da empresa, “algumas questões importantes”, a Carris diz que “nunca prestou a informação aludida na notícia, desde logo porque na altura se encontrava a apurar a factualidade referente à aquisição do cabo”.

Afirma ainda que “os referidos dados não constam da vastíssima documentação que a CARRIS remeteu ao GPIAAF, no âmbito da investigação”.

Em causa está a data de substituição do cabo do elevador da Glória. Na primeira nota informativa publicada pelo GPIAAF a 6 de setembro, três dias depois do acidente, era referido que “este tipo de cabo” era “usado neste ascensor há cerca de seis anos”, portanto desde 2019.

No relatório preliminar publicado esta segunda-feira, é referido que o cabo em causa entrou ao serviço em dezembro de 2022.

Ao Expresso, o GPIAAF  diz que a indicação de 2019 “correspondia ao conhecimento da investigação à data da sua redação, com base nos elementos até então recolhidos, documentais e testemunhais”.

Na mesma nota, a Carris diz que o Conselho de Administração da empresa “não foi, até à data, inquirido pelo GPIAAF no âmbito da investigação”.

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