[email protected]/DepositPhotos

Chatbot foi “advogado” e ajudou mulher a vencer processo judicial. “Dizia ao ChatGPT para fingir que era professor de Direito de Harvard e para desmontar os meus argumentos até à perfeição”.

Trazer inteligência artificial (IA) para o tribunal como “advogado” é uma jogada arriscada, mas aconteceu — e funcionou — para o contentamento de Lynn White, de Long Beach, California, EUA.

A mulher conseguiu reverter uma ordem de despejo e evitar milhares de dólares em penalizações e rendas em atraso, depois de pedir ao ChatGPT e à plataforma Perplexity para imitar um advogado de defesa, em vez de contratar um em carne e osso.

Em dificuldades financeiras e com atrasos no pagamento da renda, a sujeita perdeu o julgamento inicial perante um júri e recebeu uma notificação de despejo. Mas quis recorrer e apresentar-se pessoalmente com o ChatGPT “a seu lado”. Seria ele o responsável por construir os seus argumentos jurídicos.

“Não consigo enfatizar o suficiente a utilidade da IA ​​no meu caso”, disse a acusada à NBC News. “Nunca, jamais, jamais, jamais teria conseguido vencer este recurso sem a IA”.

A mulher conseguiu anular a ordem de despejo e evitar cerca de 55.000 dólares em penalizações e mais de 18.000 dólares em rendas em atraso.

White explicou o que fez exatamente: “dizia ao “dizia ao ChatGPT para fingir que era professor de Direito de Harvard e para desmontar os meus argumentos“.

Os resultados foram tão convincentes que chegaram a merecer elogios por parte da oposição.

Apesar deste sucesso, os especialistas alertam que os resultados da IA variam significativamente de caso para caso. Talvez White tenha tido mais sorte, mas a advocacia é uma das áreas em causa com a evolução da IA, nomeadamente em tarefas como a revisão de contratos, a elaboração de minutas e a análise de jurisprudência, funções que podem ser cada vez mais executadas por algoritmos sofisticados, capazes de processar grandes volumes de informação com precisão e rapidez.


Subscreva a Newsletter ZAP


Siga-nos no WhatsApp


Siga-nos no Google News