O casamento grávida com Julio Iglesias, a traição ao marquês de Griñón com o ministro das Finanças espanhol, os problemas de autoestima relacionados com o próprio nariz e as cartas de amor secretas com Mario Vargas Llosa. Isabel Preysler não deixa nada por contar na autobiografia Mi Verdadera Historia, publicada na passada quarta-feira, 22 de outubro. A apresentadora de origem filipina assume, em entrevista à Hola!, que escreveu a obra porque chegou à idade em que o podia fazer. ” Tantas coisas falsas foram ditas sobre mim ao longo dos anos sem que eu me preocupasse em refutá-las, agora decidi fazê-lo“, diz a socialite, que assume o medo do “julgamento dos leitores”, mas fala abertamente sobre os três maridos e o namorado mediáticos e não só. “A minha vida inteira foi uma surpresa. Nada foi como os meus pais planearam para mim, ou como eu esperava. Mas sinto que vivi uma vida plena”, diz a “rainha dos corações”. Sobre o romance recente com o Nobel de Literatura, garante: “A coisa mais importante que tenho a dizer sobre esse relacionamento é desmascarar todas as falsidades que foram ditas“.
Nascida em Manila a 18 de fevereiro de 1950, Isabel conta que aos 18 anos apaixonou-se pela primeira vez por um homem “com fama de playboy”. Não se trata de Julio Iglesias, o primeiro marido, mas de um namorado filipino do qual os pais não gostavam, e que terá sido o motivo para a jovem ter sido mandada para Madrid. Na capital espanhola estudou e começou a trabalhar como jornalista na revista Hola!. A primeira entrevista que fez foi a um cantor que começava a carreira internacional: um encontro que lhe mudaria a vida para sempre. Como mulher de Julio Iglesias, Isabel Preysler ganhou cada vez mais espaço na imprensa cor-de-rosa e, em 1984, passou a apresentar um programa de televisão, o Hoy en Casa. Era vista como uma mulher elegante, requisitada por marcas como Ferrero Rocher, Manolo Blahnik ou Chrysler, e que circulava muito bem entre a alta sociedade internacional, incluindo membros de realeza: entre 2001 e 2007 esteve três vezes no Reino Unido a convite do então príncipe Carlos, e desenvolveu uma amizade próxima com o casal Beckham.
▲ A autobiografia de Isabel Preysler foi publicada na passada quarta-feira, 22 de outubro
Entretanto, também tinha inseguranças, principalmente em relação ao próprio nariz, como assume na autobiografia. Um problema que terá começado na infância, quando tinha dificuldades para respirar e passou por uma intervenção em Manilha que considera ter sido “um erro”. O cirurgião terá retirado parte da cartilagem do nariz durante uma operação às amígdalas. Preysler passou por cirurgias plásticas em Madrid para tentar consertar o dano causado pelo médico filipino e alcançar a forma que considerava perfeita. “Quando o meu nariz inteiro desmoronou, todos queriam correr porque não sabiam o que fazer”, escreve, ao falar sobre um destes procedimentos. “Removeram toda a cartilagem que puderam das minhas orelhas para reconstruí-lo.” “O meu nariz está tão destruído e estou tão cansada de médicos e cirurgias que não me importo mais com nada”.
Porém, as páginas sobre os oito anos de relacionamento com Mario Vargas Llosa são, provavelmente, as mais intensas e reveladoras. Isabel Preysler desvenda pela primeira vez, na íntegra, oito cartas redigidas pelo Prémio Nobel, nas quais profere a sua paixão e chama a namorada “pequena rainha dos golfinhos”. E ainda mostra uma nona carta, escrita pela própria, depois do fim da relação.