Segundo o responsável da Administração de Donald Trump, as novas diretrizes vão “salientar a necessidade de comer gorduras saturadas de lacticínios, boa carne, vegetais e carne frescos”.

“Quando as publicarmos, toda a gente vai perceber as razões pelas quais devem ser introduzidas também nas escolas”, acrescentou esta semana, de acordo com o site de notícias The Hill.

A Associação Americana do Coração, que Kennedy tem vindo a criticar, recomenda limitar as gorduras saturadas a apenas seis por cento da dieta diária.

“As gorduras saturadas encontram-se na manteiga, no queijo, na carne vermelha, noutros alimentos de origem animal e nos óleos tropicais. Décadas de ciência provaram que as gorduras saturadas podem aumentar o colesterol ‘mau’ e o risco de doença cardíaca“, refere a entidade nas suas orientações.

Cheryl Anderson, membro da Associação Americana do Coração e professora da Universidade da Califórnia, frisou em declarações ao Guardian que “a recomendação em torno da gordura saturada tem sido uma das recomendações mais consistentes desde a primeira edição das diretrizes dietéticas”.


Quando olhamos para a atual dieta na América, vemos que esta contém demasiada gordura saturada e, por isso, atualmente não está a ter um impacto neutro na nossa população”.


“Vamos ver o que acontece, porque não foi dada nenhuma indicação sobre
como, porquê nem quando é que esta potencial mudança irá ocorrer”,
declarou.

Ronald Krauss, professor de pediatria e medicina na Universidade da Califórnia, explicou ao Guardian que investigações recentes revelaram que as gorduras saturadas podem ser menos prejudiciais do que se pensava anteriormente.

No entanto, “se Kennedy realmente lançar a mensagem de que devemos consumir mais gorduras saturadas, essa é uma mensagem errada”, considerou.

Além disso, os especialistas alertam que pode ser confuso para a população dar indicações sobre nutrientes e não sobre os alimentos em si. “As pessoas não comem nutrientes. Comem alimentos. Quando se pergunta a alguém o que comeu, essa pessoa não responde que comeu gorduras, ou carboidratos, ou proteína”, salientou Anderson.

c/ agências