A Climáximo voltou a lançar uma ação contra um dos seus maiores alvos, a EDP, invadindo e interrompendo a Meia Maratona promovida pela empresa, que está a decorrer este domingo em Lisboa. Desta vez, três apoiantes do grupo invadiram o evento, sentando-se perto da meta, para acusarem a EDP de “tentar lavar a sua imagem através de um evento desportivo quando, na realidade, é uma empresa diretamente responsável pelas mortes e desalojamentos forçados frutos da crise climática”.
Segundo um comunicado da Climáximo, os três ativistas eram uma estudante do ensino superior, uma trabalhador numa associação cultural e um trabalhador da indústria hoteleira. Sentaram-se os três perto da meta final com cartazes contra a EDP e sobre a crise climática, falando no “Verão mais quente e seco dos últimos 94 anos”.
O comunicado cita a porta-voz da ação, Matilde Alvim, que acusa a empresa energética de ser uma “culpada direta da crise climática e dos desastres a ela associados” e de continuar a deter centrais de produção através de gás fóssil “impedindo uma transição justa”. “O gás é um combustível fóssil tão danoso como o petróleo ou o carvão, ao contrário do que nos querem vender”, argumenta.
O grupo defende que Portugal deveria ter eletricidade 100% renovável e gratuita já este ano e que em vez disso “governos e empresas prendem-nos” ao gás fóssil, como “suposta energia de transição”.
“Em 2025 já não há nenhuma empresa que possa alegar desconhecer que a sua atividade está a causar diretamente milhões de mortes e desalojamentos forçados e a destruir as condições básicas para a existência da Vida. Precisamos do fim dos combustíveis fósseis até 2030 – isto é uma medida existencial”, diz a ativista.
O grupo aproveitou a ação para apelar à participação na marcha “O Nosso Futuro Não Está à Venda” e ameaçar que, se o Governo não apresentar um plano “justo” para o fim dos combustíveis fósseis no país até 2030, irão “”paralisar as suas escolas e universidades, culminando na manifestação de dia 22 de Novembro”. O Governo aprovou em 2024 um plano para que 51% da energia seja renovável, no consumo final, até 2030.
Tem um minuto?
O Observador está a realizar junto dos seus leitores um curto estudo de apenas quatro perguntas. Responda aqui.