Na antevisão da partida de segunda-feira em Moreira de Cónegos, que fechará a nona jornada do campeonato, Francesco Farioli foi questionado sobre as consequência da primeira derrota da época, sofrida na Liga Europa diante do Nottingham Forest.
“No futebol, ganhamos, empatamos e perdemos alguns jogos. Estamos a fazer de tudo para ganhar sempre, porque é o que o F. C. Porto exige. Creio que os adeptos estão connosco e apreciaram a nossa exibição lá. Vi alguns comentários, de alguns de vocês, após o jogo e para ser justo, creio que muitos deles foram emocionais e não sobre a realidade do jogo, para ser honesto”, defendeu o treinador. “Jogámos um jogo muito corajoso. Vi uma equipa que tentou jogar contra uma equipa de bloco baixo. Pressionámos, defendemos bem e atacámos também bem. Como sabem, sou muito crítico. Depois do 3-0 contra o Rio Ave, vim à conferência e recebi muitos comentários positivos e estava furioso por dentro porque não jogámos tão bem. Contra o Nottingham foi um bom jogo decidido por penáltis”, afirmou o técnico portista, justificando a quebra nos números da produção ofensiva nos jogos com Benfica e Forest.
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“Quando defrontamos equipas que decidem defender em bloco baixo, é normal que a qualidade possa ser mais baixa. A realidade é que em ambos os jogos a equipa teve as melhores oportunidades. Se não fossem os penáltis em Nottingham, o adversário nem teve golos esperados em jogo jogado. Não concedemos isso, nem contra o Benfica, nem contra o Nottingham. Penso, mais uma vez, que as duas exibições foram positivas, não brilhantes, mas também depende da forma como o adversário joga. São dois resultados que temos de aceitar. Desde que estou aqui ganhámos 92% dos jogos”, sublinhou.
Sobre o facto de o primeiro desaire poder tirar um peso dos ombros da equipa portista, Farioli foi objetivo. “[Estar 11 jogos sem perder] Foi um grande sentimento. Temos um calendário com muitos jogos. Depois das vitórias, tentamos esquecer e continuar. Depois de uma boa performance, temos de continuar e preparar o jogo de amanhã que vai pedir muito de nós”, disse, com elogios para o Moreirense.
“Ganharam os quatro jogos em casa. É um grande registo. Trata-se de uma equipa muito bem organizada, muito bem orientada, com jogadores com muita qualidade. Temos de estar prontos para competir e para recomeçar o nosso caminho na Liga”, disse, com uma menção a Gabri Veiga, suplente utilizado em Nottingham e habitualmente substituído quando é titular.
“O início foi complicado, teve uma lesão. Tem trabalhado muito, é um jogador que tem de estar no seu melhor para apoiar a parte física. É um jogador explosivo. Tem trabalhado muito, a dar muita atenção em diferentes áreas, dentro e fora de campo. Está a adaptar-se. Estou feliz com que está a fazer. Estamos aqui para ajudá-lo a estar no seu melhor e penso que ainda não o vimos ao melhor nível. Acreditamos que em breve vamos ver o Gabri Veiga que esperamos”, disse, rejeitando que a equipa tenha perdido a criatividade revelada até ao clássico com o Benfica.
“Depende da equipa com quem jogamos. Tenho em mente que no jogo com o Benfica tivemos três oportunidades importantes. Às vezes somos mais felizes e as bolas entram. Não estamos aqui para fazer análises emocionais”, concluiu.