A remuneração dos novos certificados de aforro interrompeu, em Setembro, a tendência de queda que se vinha a verificar nos meses anteriores e as famílias revelaram um novo interesse por estes produtos de poupança do Estado. Em Setembro, entraram 491,43 milhões de euros nos certificados de aforro, a subida mensal mais elevada desde Abril, revelou o Jornal de Negócios.

 

Determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil do mês, para vigorar durante o mês seguinte, a taxa-base dos certificados de aforro segue uma fórmula ditada pela média da Euribor a três meses nos 10 dias úteis anteriores (que não pode ser superior a 2,5% nem inferior a 0%). Com o recuo do indexante e, respectivamente, do juro, o apetite das famílias tem vindo a arrefecer.

Mas de acordo com a publicação, essa tendência volta a inverter-se, acompanhando a remuneração. As famílias alocaram 491,43 milhões de euros a estes produtos de poupança do Estado em Setembro, levando o stock a superar pela primeira vez os 39 mil milhões de euros. A entrada de capital nos certificados de aforro em Setembro fica acima do valor registado no mês anterior e é mesmo o mais elevado desde Abril.

Para já, as subscrições mais do que compensaram as saídas líquidas de poupanças dos certificados do Tesouro. Como tem acontecido consecutivamente desde outubro de 2021, este produto continuou a perder atratividade: o “stock” recuou em 137,52 milhões de euros em setembro, para um total de 8.361,37 milhões de euros.

O conjunto do “stock” total dos dois chegou aos 47.399,39 milhões de euros, o que significa que o investimento das famílias voltou a renovar máximos desde, pelo menos, dezembro de 1998, data que marca o início da série do supervisor.